A concentração de poderes na primeira presidência de Putin (2000-04) enviesou o destino da democracia russa. O Rússia Unida, partido nacionalista criado em torno da agenda do chefe de Estado, obteve maioria parlamentar em 2003, enquanto as forças liberais sofriam uma derrota absoluta.
As segundas eleições a que Putin concorreu, em 2004, foram organizadas por um aparelho de Estado manietado pelo Presidente. “Os recursos administrativos do Estado foram mobilizados em massa, como acontecia no período soviético… nada deteve a administração presidencial”, escreve a jornalista Anna Politkovskaya — assassinada em 2006 — em “Um Diário Russo”, obra editada em Portugal pelo Círculo de Leitores, que denuncia o voto dos funcionários públicos no Rússia Unida.
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