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Dois anos de guerra na Ucrânia

Alarmes de possível invasão russa servem para EUA não deixarem cair apoios? “A Europa não parece ter-se preparado para o regresso de Trump”

Fronteira da Lituânia com Kaliningrado (Rússia)
Fronteira da Lituânia com Kaliningrado (Rússia)
Anadolu
Ou a Rússia está a tirar notas da celeuma causada pelo apoio dado à Ucrânia nos EUA, e tentará aproveitar-se disso - o que as secretas europeias já perceberam -, ou a Europa faz soar os alarmes de uma possível invasão de países da NATO para pressionar os norte-americanos a agir. Wiliam Courtney, investigador sénior do think tank RAND, garante, em entrevista ao Expresso, que ambas são possíveis

A guerra terrestre na Ucrânia ainda pode trazer muitas surpresas, e William Courtney, investigador sénior do think tank RAND, dedicado à estratégia e defesa, acredita até que a chegada dos F-16 poderão alterar o impasse, conferindo mais poder aéreo à Ucrânia. O antigo embaixador norte-americano no Cazaquistão e na Geórgia considera, por isso, que continuar a fornecer ajuda militar à Ucrânia é uma boa aposta e que há motivos que mais do que a justificam. No entanto, dada a hesitação na política dos EUA, William Courtney lança um alerta: a Europa não se preparou para o regresso de Trump e não tem, de todo, capacidade para se defender sozinha (está atrás dos norte-americanos na produção de tecnologia militar, na investigação e desenvolvimento). Contar com o melhor cenário possível pode, aí sim, colocar a Europa em risco de ser invadida pelas tropas russas.

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