Setenta e duas horas. Era este o prognóstico inicial para a queda de Kiev. Mas a Ucrânia resistiu e a guerra que se esperava rápida está, volvidos dois anos, num “impasse”. “Derrotados há muitos, vencedores não”, considera a diretora executiva do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), Ana Santos Pinto. “Não há uma dinâmica de avanços, conquistas, recuos e perda de território significativa.”
Só que a guerra na Ucrânia é, desde o primeiro minuto, uma guerra que se joga num tabuleiro muito mais amplo. Longe do teatro de operações, pesam os grandes atores do quadro geopolítico mundial, mas não só. “A opinião pública tem um peso, especialmente quando se expressa de uma forma muito clara em relação à orientação que quer e isso foi muito evidente no início da invasão russa à Ucrânia”, considera a investigadora.
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