O Presidente dos EUA terá proposto à União Europeia a imposição de 'tarifas' (taxas alfandegárias) até 100% contra os aliados e parceiros comerciais de Putin, escreve o jornal "The Guardian". O objetivo será aplicar pressão sobre a Índia e a China, para forçar o Presidente russo, Vladimir Putin, a pôr fim à guerra na Ucrânia.
A exigência terá sido feita durante uma reunião entre responsáveis norte-americanos e da UE, na terça-feira, na qual discutiram opções para aumentar a pressão económica sobre a Rússia. O jornal "Financial Times", a "BBC" e a "Bloomberg" citam fontes familiarizadas com as conversações. Uma fonte norte-americana terá dito que a administração Trump estava "pronta para agir agora mesmo". No entanto, acrescentou: "Só o faremos se os nossos parceiros europeus nos apoiarem."
A frustração de Donald Trump pela dificuldade em negociar um acordo de paz, mesmo depois da cimeira de alto nível com Vladimir Putin no Alasca, foi agravada pelos ataques com drones da Rússia, incluindo um edifício do Governo em Kiev.
Além disso, a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, o nome da sigla em inglês), que juntou líderes de mais de 20 líderes de países e organizações internacionais na cidade chinesa de Tianjin, terá irritado o Presidente norte-americano. Durante a cimeira, Putin reforçou a sua relação com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
No mês passado, os EUA já tinham agravado as tarifas sobre as importações indianas para 50%, em resposta às compras de petróleo russo pelo país.
Na terça-feira, Trump escreveu na sua rede social, Truth Social, que as negociações comerciais com a Índia iriam prosseguir. "A Índia e os Estados Unidos da América estão a continuar as negociações para abordar as barreiras comerciais entre as nossas duas nações", escreveu. "Estou ansioso por falar com o meu grande amigo, o primeiro-ministro Modi, nas próximas semanas."
As autoridades da UE, lideradas pelo responsável de sanções do bloco, David O'Sullivan, participaram nas conversações em Washington, que contaram com a presença de altos funcionários do Tesouro dos EUA.
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