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Guerra na Ucrânia

Entrevista ao analista Nichita Gurcov: “Uns jogam Mortal Kombat, e nós, na Europa, ainda achamos que estamos no tempo do xadrez”

Analista de dados sobre a guerra da Ucrânia no ACLED - Armed Conflict Location & Event Data - um grupo de analistas que recolhe e mapeia informação sobre conflitos armados e protestos
Analista de dados sobre a guerra da Ucrânia no ACLED - Armed Conflict Location & Event Data - um grupo de analistas que recolhe e mapeia informação sobre conflitos armados e protestos
ACLED

Nichita Gurcov já viu negociadores russos em ação, tanto na Ucrânia como no seu país, a Moldova, durante o tempo em que trabalhou para a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Não oferece muitos detalhes, mas da sua experiência sobra-lhe uma certeza: são mesmo muito bem preparados e conseguem vender realidades que não existem. A melhor hipótese da Ucrânia, diz ao Expresso o analista do grupo de análise de dados sobre conflitos ACLED, é contar apenas consigo mesma

Entrevista ao analista Nichita Gurcov: “Uns jogam Mortal Kombat, e nós, na Europa, ainda achamos que estamos no tempo do xadrez”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Este verão foi o período de maior intensidade de ataques russos sobre habitações e infraestruturas desde que a guerra começou. Qual é a mensagem que Putin está a tentar transmitir num momento em que há, pelo menos é essa a imagem que o próprio mantém, negociações a decorrer?
Os russos estão a meio de uma ofensiva e as negociações são uma operação de cobertura. Donald Trump deu um prazo para a Rússia parar a guerra. Esse prazo passou, e era preciso inventar alguma coisa para que a guerra continuasse, para ofuscar o incumprimento do prazo, então surgiram as reuniões, primeiro a do Alasca depois a espécie de cimeira com Zelensky e os europeus foram a correr para Washington, provavelmente dar a Trump algum contexto sobre o que é que um acordo nos termos russos significaria.

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