Guerra na Ucrânia

Zelensky confirma acordo com Trump para “reforçar proteção” dos céus ucranianos

Trump com Zelensky, na cimeira da NATO
Trump com Zelensky, na cimeira da NATO
Anadolu

Anúncio ocorre horas depois de maior ataque por ‘drones’ russos desde o início da guerra e dois dias após a informação de que os Estados Unidos suspenderiam o fornecimentos de algumas armas a Kiev

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje, depois de conversar com o homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, que concordaram em "reforçar a proteção" dos céus ucranianos após mais um ataque de drones e mísseis russos.

"Discutimos as opções de defesa aérea e concordámos em trabalhar em conjunto para reforçar a proteção do nosso espaço aéreo", afirmou Zelensky na rede social Telegram, detalhando que teve com Trump uma "conversa aprofundada sobre as capacidades da indústria da defesa e a produção conjunta".

Trump falou também ao telefone com o Presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira, e admitiu que "não fez progresso algum" no sentido de um cessar-fogo na Ucrânia.

"Não, não fiz qualquer progresso" durante a conversa, disse Trump aos jornalistas, acrescentando não estar "satisfeito" com o conflito, iniciado com a invasão russa da Ucrânia há quase três anos e meio.

Zelensky disse também na quarta-feira que Washington e Kiev estão a esclarecer a ajuda militar norte-americana, após o anúncio de que os Estados Unidos deixariam de fornecer determinadas armas.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, referiu que a Ucrânia está pronta para "comprar ou alugar" defesas antiaéreas para fazer face ao "grande número de drones, bombas e mísseis" lançados pela Rússia contra o país.

O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, autorizou uma pausa nos fornecimentos à Ucrânia "para dar prioridade aos interesses dos Estados Unidos", confirmaram à CNN altos responsáveis da Casa Branca.

Os fornecimentos suspensos, que tinham sido prometidos pela anterior administração norte-americana, liderada pelo democrata Joe Biden, incluem intercetores para os sistemas de defesa aérea Patriot, projéteis de artilharia guiados com precisão e mísseis que a força aérea ucraniana dispara a partir de aviões F-16 fabricados nos Estados Unidos.

Trump pronunciou-se pela primeira vez na quarta-feira sobre a suspensão, justificando a medida como necessária e acusando o ex-Presidente Joe Biden de "esvaziar todo o país, dando-lhes armas [à Ucrânia]".

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