Guerra na Ucrânia

Ataque russo massivo em Kiev faz pelo menos 14 feridos

Ataque russo massivo em Kiev faz pelo menos 14 feridos
Libkos

Capital ucraniana foi alvo de uma das maiores ofensivas aéreas desde o início da guerra. Moscovo lançou mais de 250 drones e 14 mísseis, causando pelo menos 14 feridos

A cidade de Kiev foi alvo de um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra na Ucrânia. Durante a madrugada deste sábado, a Rússia lançou dezenas de drones e mísseis balísticos sobre a capital, provocando destruição em vários bairros e ferindo, pelo menos, 14 pessoas.

Segundo testemunhas ouvidas pela Reuters, a noite ficou marcada pelo som constante de drones a sobrevoar a cidade e sucessivas explosões. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram prédios em chamas, colunas de fumo denso a subir de blocos de apartamentos e o céu iluminado por tons avermelhados.

“Gostava que chegassem a um cessar-fogo. Bombardear pessoas assim... As crianças sofrem muito. A minha neta de três anos gritava cheia de medo”, relatou à agência Olha Chyrukha, moradora de um dos edifícios atingidos. Kateryna, outra residente, lamentou: “É uma grande angústia. Há pessoas feridas sem razão.”

As defesas antiaéreas ucranianas foram ativados na tentativa de neutralizar o ataque, enquanto as equipas de emergência foram mobilizadas para combater os incêndios e prestar socorro às vítimas.

De acordo com as autoridades de Kiev, há registo de danos em pelo menos seis distritos da capital. No bairro de Solomynskyi, um drone atingiu o último andar de um prédio. Em Dniprovskyi e Obolon, deflagraram incêndios noutros edifícios. Caíram ainda destroços noutras zonas da cidade.

A Força Aérea da Ucrânia informou que a Rússia lançou 14 mísseis balísticos e cerca de 250 drones durante a noite.

A Rússia ainda não comentou o ataque, que surge após vários dias de ataques ucranianos com drones contra alvos em território russo, incluindo Moscovo. Na véspera desta ofensiva, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, prometeu retaliar.

Apesar da escalada da violência, a Rússia e a Ucrânia dizem estar disponíveis para retomar as negociações de paz, após um apelo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na sexta-feira, os dois países realizaram uma grande troca de prisioneiros, que Trump classificou como um sinal positivo.

No entanto, continuam as acusações mútuas de falta de compromisso com o fim do conflito.

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