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Guerra na Ucrânia

Trump apresenta calendário apertado para ameaçar a Ucrânia, mas “retirada dos Estados Unidos das negociações poderá ser positiva”

Na Sala Oval, Donald Trump recebeu Giorgia Meloni na semana passada
Na Sala Oval, Donald Trump recebeu Giorgia Meloni na semana passada
Win McNamee

O Presidente americano chamou-lhe “a guerra de Biden”, e pode estar mesmo prestes a desistir dos esforços para resolvê-la. A Ucrânia e a Rússia enfrentam um prazo irrealista, segundo os analistas, para ultrapassarem as suas diferenças. Para Kiev, a desistência de Washington poderá não ser negativa, e é Vladimir Putin que está menos interessado nessa decisão

Mais do que a Rússia, é de novo a Ucrânia que se encontra sob enorme pressão para responder às ameaças dos responsáveis de Washington, de que abandonarão as negociações se não houver progressos em questões essenciais, nas próximas semanas. A ideia foi transmitida pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, na sexta-feira, que colocou nestes termos: “Os ucranianos têm de regressar a casa, consultar o seu Presidente e ter em conta as suas opiniões sobre tudo isto. Mas temos de descobrir aqui e agora, numa questão de dias, se isto é viável a curto prazo. Porque, se não for, acho que vamos avançar.”

Não é apenas o abandono dos “esforços de paz” dos Estados Unidos que Kiev teme agora, mas uma série de ideias que a administração Trump alegadamente desenvolveu, sobre como pôr fim à guerra na Ucrânia, incluindo o reconhecimento pelos Estados Unidos da anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e a impossibilidade da adesão à NATO.

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