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Guerra na Ucrânia

Plano dos líderes europeus poderá depender de uma pergunta: “Escolher os EUA, em vez da Ucrânia, ou escolher a Ucrânia, em vez da América?”

Vários líderes ocidentais reuniram-se em território britânico, no domingo
Vários líderes ocidentais reuniram-se em território britânico, no domingo
WPA Pool

Perante uma guerra completamente diferente, na Ucrânia, os líderes europeus não devem acreditar em soluções semelhantes às aplicadas no Médio Oriente. Para muitos analistas, o momento é de decisões existenciais e duais

“Os líderes europeus não têm realmente um plano de paz tangível, que seja implementável, porque não há forma de forçarem Putin a algo assim, e dificilmente têm qualquer influência.” A opinião de Anna Matveeva, investigadora no King’s Russia Institute, sobre os esforços diplomáticos europeus para a Ucrânia, é muito crítica. Ouvida pelo Expresso, a analista diz não considerar possível que Putin aceite pausar, por um mês, a guerra, que, “na verdade, está a vencer gradualmente”. Anna Matveeva também acredita que a proposta é um improviso: “É uma tentativa de modelar o processo da guerra russo-ucraniana ao do Médio Oriente. Temos assistido a este tipo de processo entre Israel e o Hamas. Fase a fase, cessar-fogo, pausa temporária, troca de reféns, libertação de pessoas, ajuda humanitária. Vimos este tipo de modelo em Israel. Mas esta é uma guerra completamente diferente”.

Sendo o contexto tão distinto, “pelo menos Macron, que conhece a Rússia, que conhece Putin, deveria compreender que isto é realmente um fracasso” ou que não é realmente “um sinal de intenção de ter um plano de paz”, defende Matveeva.

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