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Guerra na Ucrânia

“Nada pode ser resolvido sem envolver todas as partes em conflito”, diz jurista do Ministério da Defesa da Ucrânia

Inna Zavorotko, tenente-coronel e subchefe da secção de Direito Internacional do Departamento Jurídico do Ministério da Defesa da Ucrânia
Inna Zavorotko, tenente-coronel e subchefe da secção de Direito Internacional do Departamento Jurídico do Ministério da Defesa da Ucrânia
Sebastian Rich

A propósito das negociações entre Estados Unidos e Rússia, Inna Zavorotko insiste no que Volodymyr Zelensky tem afirmado: nada pode ser resolvido sobre a Ucrânia sem a Ucrânia. Em entrevista ao Expresso, a tenente-coronel acrescenta que “não há qualquer fundamento jurídico” para a nova administração americana não considerar a Rússia a agressora

“Nada pode ser resolvido sem envolver todas as partes em conflito”, diz jurista do Ministério da Defesa da Ucrânia

Hélder Gomes

Jornalista

Nos três anos desde a invasão em larga escala da Ucrânia por forças russas, a tenente-coronel Inna Zavorotko fala ao Expresso sobre as implicações jurídicas e políticas das negociações de paz entre os Estados Unidos e a Rússia, que, para já, excluem a Ucrânia e a União Europeia.

A subchefe da secção de Direito Internacional do Departamento Jurídico do Ministério da Defesa da Ucrânia destaca ainda que “o Direito Internacional é muito claro” quando estabelece que “todos os Estados, incluindo os envolvidos no conflito armado, têm a obrigação de responsabilizar os autores de crimes de guerra”.

Nesta entrevista, realizada no dia em que participou, à distância, no debate Unseen Civilians – A Global Call for Justice, organizado pela Nova SBE e pela Embaixada da Ucrânia em Portugal, Zavorotko aborda os desafios e as lições a retirar de um conflito que já dura há mais de uma década. E alerta para a necessidade de adaptação às mudanças geopolíticas: “Estamos a assistir a uma reconfiguração da ordem mundial, e diferentes Estados começam a desempenhar papéis diferentes dos que tinham anteriormente.”

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