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Guerra na Ucrânia

Após mil dias de guerra, sucessivas propostas de paz não arriscam enfrentar o elefante na sala: as exigências territoriais de Moscovo e Kiev

Busca por sobreviventes após um bombardeamento russo a um edifício residencial em Zaporíjia
Busca por sobreviventes após um bombardeamento russo a um edifício residencial em Zaporíjia
NurPhoto / Getty Images

A paz que o mundo deseja para o conflito na Ucrânia está refém de exigências incompatíveis de Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Sem que nem o Presidente russo nem o ucraniano revelem vontade em ceder, quando se cumprem mil dias de guerra, vários países têm avançado com propostas de paz possíveis. Mais do que resolver as disputas territoriais entre Moscovo e Kiev, procuram apenas sensibilizar as partes para a importância de se sentarem à mesma mesa e conversar

Margarida Mota

Jornalista

A necessidade de russos e ucranianos se sentarem à mesa das negociações ganhou caráter de urgência após a vitória eleitoral de Donald Trump. O futuro Presidente dos Estados Unidos, que toma posse a 20 de janeiro de 2025, prometeu resolver “em 24 horas” uma guerra que dura há quase 33 meses.

Dois dias após as eleições, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a pressão. “Creio que o Presidente Trump quer mesmo uma decisão rápida. Ele quer isso. Não significa que vá acontecer dessa forma”, disse. “Todos queremos acabar com esta guerra, mas com um final justo... Se for demasiado rápido, será uma perda para a Ucrânia.

Esta terça-feira, quando passam 1000 dias sobre o início da guerra, a urgência de negociar a paz acentuou-se de forma dramática com o anúncio, em Moscovo, de que o Presidente Vladimir Putin passou a considerar que a utilização, pela Ucrânia, de armamento convencional contra território russo pode implicar uma resposta nuclear.

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