Guerra na Ucrânia

Rússia garante que não participará em cimeira de paz planeada por Kiev

Rússia garante que não participará em cimeira de paz planeada por Kiev
ALEXANDER KAZAKOV

O Presidente ucraniano admitiu este sábado que a nova proposta de plano de paz para a Ucrânia deveria permitir negociações diretas com a Federação Russa

A Rússia anunciou este sábado que não participará na segunda cimeira sobre a Ucrânia planeada por Kiev para novembro, depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter admitido essa possibilidade.

"A cimeira terá os mesmos objetivos: promover a ilusória 'fórmula de Zelensky' para qualquer base para a resolução do conflito, obter o apoio da maioria do mundo e utilizá-lo para apresentar à Rússia um ultimato de capitulação", declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, num comunicado de imprensa.

"Não participaremos em tais 'cimeiras'", assegurou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Hoje, Zelensky admitiu que a nova proposta de plano de paz para a Ucrânia deverá permitir negociações diretas com a Federação Russa.

"O plano estará pronto no início de novembro. Será um começo para alguma base para falar em qualquer formato com a Rússia. Em qualquer formato. Com qualquer um dos seus representantes. Porque haverá um plano", assegurou o líder ucraniano num comunicado.

Zelensky explicou que três dos pontos deste plano de paz já foram conseguidos, o que permitiria à Rússia ser convidada para uma segunda conferência de paz, como a que se realizou na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.

Embora Kiev mantenha a sua exigência de uma paz "justa", que levaria as tropas russas a abandonar as fronteiras internacionalmente reconhecidas do país, incluindo a península da Crimeia, Moscovo disse apenas estar pronto a considerar "propostas sérias" que tivessem em conta "a situação no terreno refletindo realidades geopolíticas".

Em junho o Presidente russo, Vladimir Putin, explicou que Moscovo só concordaria com conversações de paz na condição de a Ucrânia renunciar à sua soberania sobre cinco das suas regiões, parcial ou totalmente ocupadas pela Rússia, para as quais reivindica a anexação.

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