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Guerra na Ucrânia

Remodelação ministerial na Ucrânia: Dmytro Kuleba abandonou o cargo mas “vai entrar para a história”

Remodelação ministerial na Ucrânia: Dmytro Kuleba abandonou o cargo mas “vai entrar para a história”
OLIVIER HOSLET

A reestruturação do Governo ucraniano anunciada por Zelensky ainda não é conhecida, mas já vários ministros anunciaram a sua demissão. Um deles foi o responsável pela diplomacia Dmytro Kuleba. “Teve um papel muito importante”, observa o comentador Germano Almeida. As mudanças governamentais estão a ser justificadas pelo Presidente ucraniano com a necessidade de “nova energia”

Remodelação ministerial na Ucrânia: Dmytro Kuleba abandonou o cargo mas “vai entrar para a história”

Salomé Fernandes

Jornalista da secção internacional

Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, apresentou esta quarta-feira a sua demissão. É o nome mais recente a juntar-se a uma extensa lista de demissões conhecidas na terça-feira, num momento em que se esperam mudanças governamentais.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na terça-feira à noite que seriam feitas mudanças no Governo. “O Outono será extremamente importante para a Ucrânia. E as nossas instituições estatais devem ser configuradas de forma a que a Ucrânia conquiste os resultados de que precisamos – para todos nós. Para isto, precisamos de fortalecer algumas áreas no Governo – e foram preparadas decisões de pessoal”, afirmou.

A Reuters noticiou as saídas de Oleksandr Kamyshin, ministro das Indústrias Estratégicas, da vice-primeira-ministra Olga Stefanishyna e dos ministros da Justiça, Ambiente e Reintegração. Segundo a mesma agência, espera-se que um novo candidato a ministro dos Negócios Estrangeiros seja escolhido ainda esta quarta-feira e que as novas nomeações sejam aprovadas um dia depois.

Germano Almeida, comentador da SIC, afasta a surpresa quanto ao avanço de uma nova mudança governamental, apesar de reconhecer que se trata da “maior desde o início da guerra”. No seu entender, esta prática de Zelensky pretende responder a duas questões. Por um lado, garantir que está “preparado para as diferentes etapas que esta guerra tem exigido, nomeadamente a questão da adesão europeia, que exige outro tipo de prioridades e critérios, e sabemos que um deles é a luta contra a corrupção. E depois há também a questão do receio das intervenções russas nos poderes de decisão e no aparelho de Estado”, disse ao Expresso.

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