Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, apresentou esta quarta-feira a sua demissão. É o nome mais recente a juntar-se a uma extensa lista de demissões conhecidas na terça-feira, num momento em que se esperam mudanças governamentais.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou na terça-feira à noite que seriam feitas mudanças no Governo. “O Outono será extremamente importante para a Ucrânia. E as nossas instituições estatais devem ser configuradas de forma a que a Ucrânia conquiste os resultados de que precisamos – para todos nós. Para isto, precisamos de fortalecer algumas áreas no Governo – e foram preparadas decisões de pessoal”, afirmou.
A Reuters noticiou as saídas de Oleksandr Kamyshin, ministro das Indústrias Estratégicas, da vice-primeira-ministra Olga Stefanishyna e dos ministros da Justiça, Ambiente e Reintegração. Segundo a mesma agência, espera-se que um novo candidato a ministro dos Negócios Estrangeiros seja escolhido ainda esta quarta-feira e que as novas nomeações sejam aprovadas um dia depois.
Germano Almeida, comentador da SIC, afasta a surpresa quanto ao avanço de uma nova mudança governamental, apesar de reconhecer que se trata da “maior desde o início da guerra”. No seu entender, esta prática de Zelensky pretende responder a duas questões. Por um lado, garantir que está “preparado para as diferentes etapas que esta guerra tem exigido, nomeadamente a questão da adesão europeia, que exige outro tipo de prioridades e critérios, e sabemos que um deles é a luta contra a corrupção. E depois há também a questão do receio das intervenções russas nos poderes de decisão e no aparelho de Estado”, disse ao Expresso.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt