Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, já se passaram 920 dias e este sábado juntaram-se, pelo menos, mais cinco às milhares de vítimas da guerra.
Cinco pessoas morreram em novos bombardeamentos russos na cidade ucraniana de Chasiv Yar (leste do país), segundo o governador regional de Donetsk, Vadym Filaskhin, enquanto as tropas de Moscovo continuam a bombardear a região. O ataque atingiu um prédio e uma casa particular, matando cinco homens com idades entre os 24 e os 38 anos.
Nas redes sociais, Filaskhin apelou aos últimos residentes para que abandonem a cidade, que chegou a ter cerca de 12 mil habitantes antes do atual conflito, iniciado em fevereiro de 2022.
Mais de 66.000 soldados russos mortos desde o início da invasão
Mais de 66.000 soldados russos foram mortos desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, segundo dados do ‘site’ Mediazona e da BBC. “Em 30 de agosto, sabíamos os nomes de 66.471 soldados russos que morreram na guerra”, avançou o ‘site’ Mediazona, na rede social Telegram.
A investigação conjunta teve em conta os comunicados de imprensa oficiais, notícias e publicações nas redes sociais, bem como as sepulturas identificadas nos cemitérios.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensly, estimou, em fevereiro, que o número de soldados ucranianos mortos rondava os 31.000. Já o Presidente russo, Vladimir Putin, tem vindo a recusar-se a avançar dados, afirmando apenas que as perdas “são inferiores” às verificadas pela Ucrânia.
Outras notícias do dia:
⇒ As forças de defesa ucranianas intercetaram 24 dos 52 ‘drones’ ‘Shahed’ lançados pela Rússia contra a Ucrânia durante a noite, informou a Força Aérea do país. Os 24 ‘drones’ foram abatidos na sequência de combates aéreos em oito regiões da Ucrânia, enquanto 25 desapareceram dos radares depois de “caírem sozinhos”, revelou a força aérea na rede social Telegram. Dois outros ‘drones’ acabaram por entrar no espaço aéreo russo, enquanto outro entrou na Bielorrússia.
⇒ O secretário-geral cessante da NATO, Jens Stoltenberg, demonstrou apoio à ofensiva da Ucrânia na região russa de Kursk, citando o direito da Ucrânia de se defender, numa entrevista ao jornal alemão Die Welt. “Os soldados, tanques e bases militares russos são alvos legítimos ao abrigo do direito internacional”, justificou o líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).
⇒ Segundo a BBC, as forças russas estão a poucos quilómetros da cidade ucraniana de Pokrovsk, um centro logístico crucial usado pelos militares ucranianos, na região de Donetsk, no leste. “Se perdermos Pokrovsk”, alertou o especialista militar Mykhaylo Zhyrokhov, “toda a linha de frente irá desmoronar”.
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