Guerra na Ucrânia

Zelensky reclama controlo de mais de 1250 quilómetros quadrados em Kursk: o dia 908 de guerra

Zelensky reclama controlo de mais de 1250 quilómetros quadrados em Kursk: o dia 908 de guerra
Global Images Ukraine

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reivindicou o controlo de 92 localidades na região russa de Kursk, onde as forças ucranianas têm conduzido uma ofensiva desde 6 de agosto. Para atingir os seus objetivos, as tropas ucranianas contam com a destruição de pontes sobre o rio Seym

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reivindicou, esta segunda-feira, o controlo pelas suas forças de mais de 1250 quilómetros quadrados e 92 localidades na região russa de Kursk, cenário desde 6 de agosto de uma ofensiva de uma escala sem precedentes.

"Os guerreiros ucranianos continuam as suas operações defensivas nas áreas designadas da região de Kursk. Até hoje, as nossas forças controlam mais de 1250 quilómetros quadrados do território de Kursk e 92 localidades", disse Zelensky num discurso perante embaixadores da Ucrânia, em Kiev.

Na mesma intervenção, o Presidente ucraniano voltou a pedir aos seus aliados ocidentais que permitam que Kiev ataque a Rússia com armas de longo alcance, a fim de "parar o avanço" do Exército russo no leste da Ucrânia. "A Ucrânia só pode impedir o avanço do Exército russo na frente com uma decisão que esperamos dos nossos parceiros: a decisão sobre capacidades de longo alcance", declarou.

As forças da Ucrânia expandiram a sua ofensiva na região russa de Kursk, cruzando a fronteira num segundo ponto a oeste de Glushkovo, onde tentam isolar mais de 50 cidades assim como os militares de Moscovo. Para atingir os seus objetivos, as tropas ucranianas contam com a destruição de pontes sobre o rio Seym.

Outras notícias que marcaram o dia:

⇒ Os cortes de energia voltaram a afetar as casas ucranianas e deverão durar pelo menos uma semana, devido a enormes danos causados por ataques de mísseis e 'drones' russos, informou a Ukrenergo, operadora da rede elétrica do país.

⇒ Os serviços de saúde da Ucrânia sofreram 1940 ataques desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, o maior número já registado durante uma crise humanitária, indicou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

⇒ O Estado-Maior do Exército ucraniano estimou, ainda, que a Rússia tenha perdido mais de 600 mil soldados, mortos e feridos, desde o início da invasão da Ucrânia, há quase dois anos e meio. Esta segunda-feira, mais de 40 bombeiros russos ficaram feridos a combater um incêndio num depósito de combustível que foi provocado por um ataque de 'drones' ucranianos na cidade de Proletarsk, no sudoeste da Rússia, anunciaram as autoridades da região russa.

⇒ A Agência Internacional de Energia Atómica alertou para a deterioração da segurança da central nuclear ucraniana de Zaporíjia, sob ocupação russa desde 2022, na sequência da explosão de um 'drone' perto do complexo. A central, a maior do género na Europa, não tem reatores em funcionamento desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início a uma guerra que vai no terceiro ano.

⇒ O Governo alemão prometeu empenho total no apoio militar à Ucrânia, apesar da intenção de reduzir as despesas orçamentais com Kiev em 2025, que deverão ser compensadas pelo rendimento esperado dos ativos russos congelados. "A Alemanha continua totalmente empenhada" no apoio à Ucrânia, afirmou o porta-voz do Governo, Wolfgang Buchner, numa conferência de imprensa, citado pela agência francesa AFP.









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