Kremlin acusa Ocidente de ajudar Kiev a preparar incursão em solo russo
Moscovo acusa países da Aliança Atlântica de ajudarem Kiev com armas, instrutores militares e fornecem constantemente informações
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Israel espera que os aliados ocidentais se lhe juntem para "atacar o Irão" se a República Islâmica atacar o país, disse, esta sexta-feira, o chefe da diplomacia israelita aos homólogos francês e britânico. "Israel espera que a França e o Reino Unido digam ao Irão, clara e publicamente, que é proibido atacar Israel", afirmou Israel Katz num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Paris e Londres também devem dizer a Teerão que "se o Irão atacar, a coligação liderada pelos Estados Unidos se juntará a Israel, não só para o defender, mas também para atacar alvos importantes no Irão", acrescentou.
Kratz recebeu hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, e britânico, David Lammy.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, Lammy apelou aos parceiros do Médio Oriente para que "escolham a paz" num momento que qualificou como "crucial para a estabilidade global". "As próximas horas e dias poderão definir o futuro do Médio Oriente", afirmou Lammy, citado pelo jornal israelita The Times of Israel.
Entretanto, em declarações à agência russa RIA Novosti, o deputado russo Mikhail Sheremet defendeu que o mundo está agora à beira de uma nova guerra mundial.
"Tendo em conta a presença de equipamento militar ocidental, a utilização de munições e mísseis ocidentais em ataques a infraestruturas civis e as provas irrefutáveis da participação maciça de estrangeiros no ataque ao território russo, pode-se concluir que o mundo está à beira de uma terceira guerra mundial", afirmou o deputado russo.
Hoje, o Exército ucraniano mostrou pela primeira vez imagens do início da sua incursão na região russa de Kursk.
Os meios de comunicação ucranianos citaram dois vídeos divulgados na rede social Facebook pelo Comando das Forças de Assalto Aerotransportadas das Forças Armadas da Ucrânia nos quais se observam as primeiras horas da ofensiva ucraniana em Kursk.
Nas imagens podem ver-se soldados ucranianos a realizar trabalhos de desminagem, destruindo linhas defensivas e postos fronteiriços russos, atacando com artilharia e blindados, bem como capturando soldados inimigos, entre outras coisas, segundo relataram os 'media' ucranianos, citados pelas agências internacionais.
O jornal Ukrainska Pravda também recolheu um outro vídeo divulgado no Facebook da 80.ª Brigada de Assalto Aerotransportada da Ucrânia, que mostra a destruição pelos militares ucranianos de um posto fronteiriço onde foram capturados 50 soldados russos, que se renderam antes do ataque das tropas ucranianas em Sukha.
Na passada segunda-feira, o governador em exercício de Kursk, Alexei Smirnov, garantiu que cerca de 121 mil pessoas já tinham sido retiradas das zonas fronteiriças com a Ucrânia e outras 60 mil seriam transferidas posteriormente para locais mais seguros.
Smirnov afirmou ainda que as forças ucranianas controlavam 28 cidades no território de Kursk, onde vivem cerca de 2.000 pessoas, cujo destino é desconhecido até ao momento.
Entretanto, o comando militar ucraniano assegura que já tomou 82 localidades russas no âmbito desta ofensiva surpresa.
Hoje, o Ministério da Defesa russo informou que as suas tropas tinham destruído dois lançadores de mísseis HIMARS, perto da cidade ucraniana de Miropillya, na fronteira com a região russa de Kursk.
"Dois ataques com 'rockets' foram realizados contra posições camufladas de lançadores americanos HIMARS", referiu o relatório militar russo publicado na rede social Telegram.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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