Guerra na Ucrânia

Chefe da diplomacia da União Europeia diz que agressor “não pode ditar as condições” para cessar-fogo

Josep Borrell
Josep Borrell
Yves Herman/Reuters

"O agressor não pode ditar as condições para um cessar-fogo", disse Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter). Para o líder da diplomacia europeia, “as exigências inaceitáveis de Putin pretendem legitimar a invasão e minar os esforços de paz"

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, criticou este sábado, 15 de junho, a proposta do Presidente russo, Vladimir Putin, para cessar a agressão à Ucrânia, considerando que o agressor "não pode ditar as condições para um cessar-fogo".

Na sexta-feira, Putin apresentou condições para a Rússia participar numa mesa de negociações com a Ucrânia, que incluíam a admissão por parte de Kiev da soberania russa sobre as zonas do país que está a controlar.

As autoridades ucranianas e europeias recusaram, de forma categórica, estas condições.

"As exigências inaceitáveis de Putin pretendem legitimar a invasão e minar os esforços de paz enquanto a Rússia se reforça e prepara para uma longa guerra. O agressor não pode ditar as condições para um cessar-fogo", escreveu Borrell na plataforma social X.

O responsável da diplomacia comunitária acrescentou que "a agressão constante da Rússia contra a Ucrânia mostra que [Moscovo] não tem qualquer interesse real na paz".

A Suíça recebe este sábado e domingo a Conferência para a Paz na Ucrânia, que juntará representantes de mais de 90 países e organizações, incluindo Portugal, mas não da Rússia nem da China, entre outros ausentes de peso.

A Rússia ocupa praticamente a totalidade do Lugansk e grandes porções da região do Donetsk, assim como partes de Zaporijia e de Kherson.

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