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Guerra na Ucrânia

“Medo do nuclear”: não há como forçar Putin a cumprir um acordo de paz, diz conselheiro do Governo polaco

Vladimir Putin, Presidente da Rússia
Vladimir Putin, Presidente da Rússia
Mikhail Metzel/Reuters

A Polónia está a trabalhar para corrigir um desinvestimento europeu, de cerca de três décadas, na Defesa. É o que explica ao Expresso Damian Przeniosło, conselheiro no Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco. Nesta entrevista ao Expresso, o alto funcionário polaco admite que a situação ucraniana é difícil, vincando que a União Europeia deve continuar a apoiar Kiev, para que possa defender-se. Mas, quanto à adesão ao bloco, Damian Przeniosło coloca várias reticências

Damian Przeniosło,conselheiro do subsecretário de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia, recusa a acusação que recai sobre o seu país, de que tem uma particular obsessão contra a Rússia. “Como polacos, sempre fomos acusados ​​de termos uma relação muito má com a Rússia ao longo de muitos anos e de, por isso, sermos obsessivos com a mesma. Não, não somos. Somos realistas. Sabemos o que é a Rússia, porque temos um longo relacionamento com ela.” Por conhecer Moscovo, como defende, sabe por que a Ucrânia quer afastar-se da sua esfera de influência.

Em entrevista ao Expresso, no Estoril Political Forum, que se realizou entre 3 e 5 de junho no Hotel Palácio Estoril, organizado pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, o alto responsável polaco garante que o Ocidente não compreende a Rússia e que não alinha na ideia de que a reeleição de Donald Trump é preocupante. Também apresenta os seus receios para o desfecho da guerra no leste da Europa e no processo de adesão da Ucrânia à UE.

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