Guerra na Ucrânia

Suíça organiza conferência sobre paz, países aliados anunciam mais apoio à Ucrânia: o essencial do 778.º dia de conflito

Suíça organiza conferência sobre paz, países aliados anunciam mais apoio à Ucrânia: o essencial do 778.º dia de conflito
Global Images Ukraine

Governo suíço anuncia conferência internacional a realizar em junho sem a presença russa, que declinou o convite. Alemanha, Estados Unidos, Suíça e Reino Unido reforçam apoio à Ucrânia. Parlamento ucraniano aprova projeto de lei que permitirá que alguns dos condenados que cumprem penas nas prisões do país sejam recrutados para o exército. Eis um resumo do que se passou nesta quarta-feira

A Suíça anunciou nesta quarta-feira a realização de uma conferência internacional de alto nível sobre a paz na Ucrânia nos dias 15 e 16 de junho, mas a Rússia não tenciona participar. “Este é o primeiro passo para um processo de paz duradouro”, defendeu a Presidente da Suíça, Viola Amherd, numa conferência de imprensa em Berna.

O ministro dos Negócios Estrangeiros suíço, Ignazio Cassis, afirmou que a Rússia – o primeiro país contactado, depois da Ucrânia – não tenciona participar e destacou que o encontro visa ajudar a traçar um caminho para a paz, na esperança de que Moscovo possa um dia juntar-se ao processo.

A porta-voz da diplomacia russa já reagiu ao anúncio. “Por detrás de tudo isto estão os democratas norte-americanos, que querem fotos e vídeos de um evento deste tipo para mostrar que o seu projeto ‘Ucrânia’ continua vivo”, considerou Maria Zakharova.

Outras notícias que marcaram o dia:

⇒ O Governo alemão aprovou um pacote de medidas para apoiar a reconstrução da Ucrânia. Trata-se de uma “contribuição para a conferência internacional sobre a reconstrução da Ucrânia” agendada para 11 e 12 de junho em Berlim, sublinharam os ministérios da Economia e do Desenvolvimento alemães num comunicado conjunto.

⇒ O Governo suíço vai aumentar com cinco mil milhões de euros o apoio ao desenvolvimento económico e à reconstrução da Ucrânia até 2036. A decisão foi tomada na reunião semanal do executivo, que diz ser “um forte sinal de solidariedade para com os afetados pela guerra na Ucrânia”.

⇒ A Ucrânia e o Reino Unido assinaram um acordo-quadro de cooperação no sector da defesa e da produção de armas. O documento foi assinado numa conferência da indústria militar em Kiev. Empresas britânicas “estão a trabalhar com empresas ucranianas e a procurar oportunidades para produzir mais armas em conjunto”, declarou Oleksandr Kamyshin, ministro das Indústrias Estratégicas ucraniano.

⇒ Os Estados Unidos autorizaram a venda de equipamento militar no valor de 127 milhões de euros à Ucrânia para reparar e atualizar os sistemas de mísseis Hawk. Os sistemas de defesa antiaérea da Ucrânia, em grande parte herdados da era soviética, sofreram melhorias devido à contribuição dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.

⇒ O Presidente chinês, Xi Jinping, disse ao Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, em Pequim, que China e Rússia devem manter os intercâmbios, para que as relações bilaterais se desenvolvam “de forma harmoniosa e estável”.

⇒ O Parlamento ucraniano aprovou, em primeira leitura, um projeto de lei que permitirá que alguns dos condenados que cumprem penas nas prisões do país sejam recrutados para o exército, informou o deputado Yaroslav Zhelezniak no Telegram.

⇒ O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou a inclusão de 22 cidadãos britânicos na lista de sanções, acusando-os de cumplicidade com “neonazis ucranianos”. “A política de Londres de apoio abrangente aos neonazis ucranianos está destinada ao fracasso e só levará a um prolongamento adicional do conflito e a novas vítimas entre a população civil”, lê-se em comunicado.

⇒ A Rússia atingiu duas centrais energéticas no sul da Ucrânia, causando dois feridos e prosseguindo a estratégia de bombardear a rede ucraniana de fornecimento de energia, lamentou o exército de Kiev.

⇒ Três civis, incluindo duas crianças, morreram na região russa de Kursk, após um ataque de um drone ucraniano, segundo o governador local, enquanto dois menores estão também entre sete vítimas de bombardeamentos das forças de Moscovo na Ucrânia.

⇒ Um ataque russo matou três pessoas, entre as quais uma jovem de 14 anos, na aldeia ucraniana de Lyptsi, perto da fronteira com a Rússia, de acordo com as autoridades da região de Kharkiv. O ataque registado a cerca de dez quilómetros da fronteira atingiu uma mercearia e uma farmácia, ferindo também um jovem de 16 anos e uma mulher.

⇒ Os empresários russos Mikhail Fridman e Petr Aven ganharam um processo judicial sobre uma decisão da União Europeia que determinava a aplicação de sanções contra si pelo alegado papel na invasão russa da Ucrânia.

Pode ainda recordar o que se passou na terça-feira aqui.

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