Exclusivo

Guerra na Ucrânia

As duas faces das secretas russas: ataque em Moscovo não terá sido previsto, mas na Europa usam tecnologia avançada, armadilhas e subornos

As duas faces das secretas russas: ataque em Moscovo não terá sido previsto, mas na Europa usam tecnologia avançada, armadilhas e subornos
Grant Faint
A ironia de a Rússia não ter conseguido prever o ataque terrorista em Moscovo, apesar dos avisos norte-americanos e britânicos, esconde uma outra realidade, acelerada em vários países europeus. Usando táticas familiares a qualquer leitor de thrillers de espionagem da Guerra Fria, Moscovo tem tentado enfraquecer o apoio a Kiev. Operações em vários países da Europa parecem retiradas do manual de espionagem soviético, de acordo com os analistas ouvidos pelo Expresso

Se os serviços secretos russos falharam em prever o ataque no Crocus City, em Moscovo, em que pelo menos 137 pessoas morreram, em vários outros países europeus a atividade das suas secretas prossegue a todo o vapor, tendo-se intensificado nos últimos meses. "Porque não é a mesma coisa: uma coisa é conduzir operações ofensivas, outra é impedir que ataques terroristas aconteçam - para esta última, é preciso deter uma agência de recolha de informações muito eficaz", explica ao Expresso Andrei Soldatov.

“As operações de espionagem russa são hoje muito intensas; estamos quase a regressar ao início da Guerra Fria, aos finais dos anos 1940 ou início dos anos 1950”, diz o jornalista de investigação russo e especialista em secretas que vive no Reino Unido. Há vários sinais que o evidenciam: “A crescente frequência das operações, a espionagem convencional aplicadas aos assassinatos - em Espanha - e ataques físicos, em Vilnius”.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate