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Guerra na Ucrânia

Escaparam à ocupação russa e acharam que iam morrer: esta é a história da fuga de Anastasiia e Olha, para ler e ouvir

As duas irmãs ucranianas viviam com a mãe em Berdyansk, quando as tropas russas entraram na cidade. Em poucas horas, todas as estradas e linhas de comboio para sair da cidade ficaram fechadas. Aos poucos, a cidade foi-se calando, as pessoas que protestavam foram desaparecendo para dentro de carrinhas escuras e a ocupação entranhou-se. Este é um relato também narrado pela própria voz de Olha, que fugiu com irmã Anastasiia: ela conta-nos como passaram por dez pontos de controlo russo e como pensaram que iam morrer. Leia, ouça e veja

Escaparam à ocupação russa e acharam que iam morrer: esta é a história da fuga de Anastasiia e Olha, para ler e ouvir

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Escaparam à ocupação russa e acharam que iam morrer: esta é a história da fuga de Anastasiia e Olha, para ler e ouvir

João Martins

Coordenador de Podcasts

Escaparam à ocupação russa e acharam que iam morrer: esta é a história da fuga de Anastasiia e Olha, para ler e ouvir

José Cedovim Pinto

Jornalista Multimédia

Olha Borodko tem 28 anos e vive em Kiev com a irmã, Anastasiia, de 21. Vivem só as duas. A mãe e a avó, que na verdade é uma tia da mãe a quem chamam avó porque a avó de facto vive na Rússia e não acredita que exista uma invasão, ainda vivem sob ocupação, na cidade costeira de Berdyansk, no Mar de Azov, que foi ocupada em apenas três dias. Quando março de 2022 chegou, já havia centenas de tropas russas em todo o lado.

Nos primeiros dias, Olha - que se lê “Ólia” - e os seus amigos reuniram-se em manifestações que duravam o dia todo. Mas mais e mais militares foram chegando, as pessoas foram desaparecendo para dentro de carrinhas de vidros fumados, começaram a soar rajadas de metralhadora para dispersar os protestos. As ondas da rádio foram ocupadas por estações russas, as autoridades impostas pela Rússia começaram a ficar com uma parte da apanha diária dos pescadores, os medicamentos foram escasseando porque as redes de abastecimento com Zaporíjia, a cidade maior da região, foram cortadas. A rede ucraniana de telemóvel morreu e, aos poucos, as pessoas deixaram de poder pagar com hryvnias, a moeda ucraniana, na qual recebiam os seus salários e pensões.

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