Guerra na Ucrânia

Zelensky diz que apenas recebeu 30 por cento dos projéteis prometidos pela União Europeia

Zelensky diz que apenas recebeu 30 por cento dos projéteis prometidos pela União Europeia
ANNA SZILAGYI/EPA/Lusa

"Do milhão de bombas que a União Europeia nos prometeu, não foram 50 por cento, mas infelizmente 30 por cento que foram entregues", disse o líder ucraniano durante uma conferência de imprensa em Kiev

A Ucrânia recebeu apenas 30 por cento dos milhões de projéteis de artilharia prometidos pela União Europeia (UE) no ano passado, lamentou esta segunda-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. "Do milhão de bombas que a União Europeia nos prometeu, não foram 50 por cento, mas infelizmente 30 por cento que foram entregues", disse o líder ucraniano durante uma conferência de imprensa em Kiev, ao lado do primeiro-ministro búlgaro, Nikolai Denkov.

A UE comprometeu-se no ano passado a enviar à Ucrânia um milhão de projéteis de artilharia -- para ajudar no esforço de guerra contra a invasão russa - antes do final de março de 2024, antes de admitir que não conseguiria atingir este objetivo. No final de janeiro, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, declarou que cerca de 52% dos projéteis prometidos seriam entregues até março, prometendo que os aliados europeus seriam capazes de fornecer a Kiev 1,15 milhões de projéteis antes do final de 2024.

As autoridades ucranianas lamentaram nos últimos dias os atrasos nas entregas de ajuda militar ocidental, o que forçou o Exército de Kiev a retirar-se da cidade de Avdiivka (leste), após quatro meses de combates. Hoje, Kiev também anunciou que abandonou uma pequena aldeia perto de Avdiivka, face à pressão incessante da Rússia.

O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, também declarou no domingo que metade das armas ocidentais prometidas a Kiev foram entregues com atraso. "Atualmente, compromisso não é sinónimo de entrega, já que 50 por cento compromissos não são cumpridos dentro do prazo", denunciou o ministro.

Na passada semana, Zelensky estimou que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da grande contraofensiva de Kiev, no verão de 2023.

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