Os Países Baixos vão assinar um acordo bilateral de 10 anos com a Ucrânia, naquele que deverá ser o quinto compromisso para ajuda a longo prazo aos ucranianos desde o início do mês. A informação foi divulgada esta sexta-feira. Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, o acordo, que deve ser ratificado "em breve", testemunha o "compromisso em fornecer apoio duradouro à Ucrânia nas áreas de segurança, reconstrução e justiça".
A mesma fonte indicou ainda que o documento "significa que os Países Baixos ajudarão a Ucrânia a defender-se contra a Rússia e a alcançar uma maior integração com a União Europeia (UE) e a NATO". O montante do apoio prometido pelas autoridades neerlandesas não foi especificado.
"A Ucrânia deve poder contar com o nosso apoio, não só agora, mas também a longo prazo", acrescentou, o ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês, Hanke Bruins Slot, citado na nota informativa. "Esta é uma boa notícia", escreveu na rede social X (ex-Twitter) Mark Rutte, primeiro-ministro demissionário dos Países Baixos e favorito para suceder a Jens Stoltenberg na liderança da NATO, ao recolher esta semana o apoio público dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. "É enviado um sinal forte à Rússia: apoiamos fortemente a Ucrânia", acrescentou.
No total, os Países Baixos já forneceram mais de 2,63 mil milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia e reservou um envelope de dois mil milhões de euros para 2024. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concluiu acordos semelhantes de apoio no início deste mês com Berlim, Paris, Londres e Copenhaga.
Com a Dinamarca foi assinado hoje o acordo, que compromete Copenhaga a um apoio de 1,8 mil milhões de euros. O acordo foi assinado na capital ucraniana, Kiev, pela primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, e pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na véspera de se completarem dois anos da invasão russa.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. O conflito provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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