Guerra na Ucrânia

Os ataques da Ucrânia e da Rússia e o anúncio de um milhão de drones da NATO: o essencial do 722.º dia de guerra

Os ataques da Ucrânia e da Rússia e o anúncio de um milhão de drones da NATO: o essencial do 722.º dia de guerra
Ana Baião

Cinco pessoas morreram e 18 ficaram feridas num ataque ucraniano contra a cidade russa de Belgorod. Do outro lado, a Rússia lançou 26 mísseis num ataque que fez pelo menos um morto. O 722.º dia de guerra também ficou marcado pelo anúncio de Stoltenberg: um grupo de países da NATO vai oferecer um milhão de drones a Kiev

Pelo menos cinco pessoas morreram esta quinta-feira (incluindo uma criança) e 18 pessoas ficaram feridas num ataque com um míssil na cidade russa de Belgorod, informou o governador regional. Numa publicação na rede social Telegram, Vyacheslav Gladkov adiantou que cinco dos feridos são crianças.

Já o governador da região russa de Kursk, Roman Starovoit, disse que um centro comercial e um estádio escolar foram atingidos no ataque com mísseis. “Há muitas vítimas: mortos e feridos”, indicou também no Telegram, sem avançar números.

Por outro lado, a Rússia lançou durante a noite passada 26 mísseis contra várias cidades da Ucrânia, incluindo Lviv, Kiev, Poltava, Ivano-Frankivsk, Zaporijia e Dnipro. Pelo menos uma mulher de 66 anos foi morta em Chugouiv, no nordeste do país, revelou a Força Aérea ucraniana.

As autoridades ucranianas divulgaram ainda, às primeiras horas da manhã, que 13 dos 26 mísseis foram abatidos. A mesma fonte apontou que um edifício residencial foi completamente destruído neste ataque.

Países da NATO vão oferecer um milhão de drones a Kiev

Outra notícia que marcou esta quinta-feira foi o anúncio do secretário-geral da NATO: Jens Stoltenberg adiantou que um grupo de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte vai oferecer um milhão de drones à Ucrânia.

“Um grupo de países da NATO está empenhado no objetivo de enviar um milhão de drones [aeronaves sem tripulação] para a Ucrânia”, disse Stoltenberg em conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros da Defesa da NATO, no quartel-general da organização político-militar.

O secretário-geral da Aliança Atlântica acrescentou que 20 Estados-membros vão integrar uma coligação para ajudar a Ucrânia na desminagem do território, sem fornecer mais detalhes.

Já a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, anunciou que Portugal vai contribuir com um milhão de euros para a compra conjunta de munições de grande calibre para a Ucrânia.

“No âmbito do acordo que assinámos com a Agência Europeia de Defesa, no ano passado, vamos poder participar com um milhão de euros para a aquisição de munições para a Ucrânia neste esforço conjunto”, anunciou Helena Carreiras, no final da reunião ministerial no quartel-general da NATO, em Bruxelas.

Mais notícias que marcaram o dia

⇒ O custo de reconstrução da Ucrânia por causa da invasão russa era até 31 de dezembro de 2023 superior a 452 mil milhões de euros, mais do que a estimativa anterior de 383 mil milhões, segundo a Comissão Europeia.

⇒ As autoridades ucranianas defenderam o poder de enviar presos e cidadãos com antecedentes criminais para o Exército, mesmo contra a sua vontade. “A decisão de mobilizar um cidadão não depende dele, mas sim das nossas agências”, justificou o ministro da Justiça ucraniano.

⇒ O coordenador para as situações de emergência da UNICEF na Ucrânia indicou em entrevista à Lusa que 3,3 milhões de crianças necessitam de assistência continuada e quando se perspetiva um agravamento do conflito com a aproximação da primavera.

⇒ A Comissão Eleitoral russa aprovou os boletins de voto para as presidenciais de março, excluindo Boris Nadezhdin, único candidato abertamente contra a invasão da Ucrânia, e deixando três que a aprovam ou ignoram, além de Vladimir Putin.

⇒ O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vai estar na sexta-feira em Paris para assinar um acordo bilateral com Emmanuel Macron, numa altura em que França quer assegurar a Kiev que o seu apoio e determinação face à agressão russa “estão intactos”.

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