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Guerra na Ucrânia

A "visão distorcida" de um "Putin confiante": EUA e Europa reagem com fúria à entrevista do Presidente russo

Tucker Carlson e Vladimir Putin
Tucker Carlson e Vladimir Putin
GAVRIIL GRIGOROV

As ideias não eram novas, mas as subtilezas permitem aos analistas aferir que Vladimir Putin está cada vez mais confiante devido ao enfraquecimento do apoio à Ucrânia. À primeira entrevista do Presidente russo a um jornalista ocidental após o início da guerra, autoridades europeias e norte-americanas reagiram em polvorosa, e resolveram estancar a “desinformação”

“A entrevista foi uma loucura.” Harry Halem, investigador principal do Instituto Yorktown norte-americano, dedicado à Defesa, refere-se à conversa entre a antiga estrela populista da “Fox News” Tucker Carlson e o Presidente russo, Vladimir Putin. “Não demonstrou nada que não soubéssemos: Putin ofereceu a sua visão distorcida e pseudo-histórica das relações russas e ucranianas, e não forneceu nenhuma nova perspetiva sobre a estratégia russa, os objetivos políticos ou outros aspetos da guerra.” Mas, para muitos representantes das democracias ocidentais, aquelas duas horas de diálogo foram um desserviço aos valores da verdade e da liberdade.

Guy Verhofstadt, antigo primeiro-ministro belga e atual membro do Parlamento Europeu, escreveu que a entrevista de Tucker Carlson com Vladimir Putin “foi a melhor coisa que já aconteceu” ao líder russo. “É assim que as democracias morrem”, argumentou. “Os EUA sofrerão amanhã por tê-lo colocado a disseminar mentiras, sem contestação e sem filtro.”

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