Os últimos dias foram de grandes especulações quanto ao futuro de Valery Zaluzhny enquanto chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia. Esta quinta-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que "o momento para a mudança é agora” e anunciou a substituição de Zaluzhny.
Zelensky já tinha dado a entender a sua intenção de fazer novas mudanças na liderança militar do país. Na rede social X (antigo Twitter), o Presidente ucraniano agradeceu a Zaluzhny pelo seu trabalho em defender a Ucrânia, desde o inicio da guerra. Na publicação pode ler-se que, Zelensky, propôs ao general a sua permanecia na equipa.
As tensões entre as duas figuras terão culminado na substituição do comandante militar. Depois de o jornal “The Guardian” ter noticiado, no final de janeiro, que Volodymyr Zelensky pedira a Zaluzhny para se afastar do cargo e que este rejeitara, o Presidente reconheceu, mais tarde, estar a ponderar a mudança de “uma série de líderes de Estado”.
Para ocupar o lugar de Zaluzhny, o Presidente ucraniano nomeou o general ex-chefe das forças terrestres ucranianas. Zelensky referiu-se ao novo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, como o "general mais experiente da Ucrânia" e a quem exigiu um “plano realista para 2024”.
Syrsky é considerado um homem discreto mas devidamente reconhecido pelo seu desempenho na defesa de Kiev durante os primeiros dias da invasão russa, em Fevereiro de 2022.
No mesmo dia, o Ministério da Defesa russo anunciou que foi acordada a libertação de um total de 200 prisioneiros de guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Cada país libertará 100 prisioneiros, na sequência de um processo de negociação mediado por representantes dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
Volodymyr Zelensky reagiu ao acordo, através da rede social X, onde mencionou que entre os prisioneiros de guerra ucranianos que serão libertados estão “soldados e sargentos”, maioritariamente, “defensores de Mariupol e Azovstal.” Membros da Guarda Nacional, Guarda de Fronteiras e Forças Armadas.
Reforçou também que até agora foram libertados “3.135 ucranianos do cativeiro russo.”
OUTRAS NOTÍCIAS QUE MARCARAM O DIA:
⇒ A candidatura de Boris Nadezhdin às eleições presidenciais da Rússia foi rejeitada, esta quinta-feira, pela Comissão Eleitoral russa. Nadezhdin, o único o único candidato que se opõe a Vladimir Putin, afirmou que não vai voltar atrás nas suas intenções e vai recorrer da Comissão Eleitoral para o Supremo Tribunal".
⇒ Perante o incumprimento na entrega de um milhão de munições a Kiev. o gabinete da Presidência ucraniano considera que as sanções impostas à Rússia, por parte da União Europeia (UE), são insuficientes e é necessário aumentar o financiamento dos estados-membros. O chefe de gabinete adjunto da Presidência ucraniana, Ihor Zhovkva, considerou como “vergonhosa” a situação do incumprimento na entrega das munições.
⇒ Foi provado, num ato processual do Senado norte-americano, um pacote de apoios internacionais que inclui ajuda à Ucrânia no valor de 60 mil milhões de dólares.
Pode rever tudo o que aconteceu no 714.º dia de guerra aqui.
Texto de Mariana Jerónimo editado por João Cândido da Silva
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