Guerra na Ucrânia

Chefe militar ucraniano diz que o país deve preparar-se para a redução da ajuda dos aliados

Manifestantes unem-se em Kiev para exigirem mais dinheiro para o exército ucraniano continuar a combater.
Manifestantes unem-se em Kiev para exigirem mais dinheiro para o exército ucraniano continuar a combater.
SERGEY DOLZHENKO

O chefe do Estado-maior general ucraniano, Valery Zaloujny, defende que o país precisa de ser preparar para uma redução de ajuda, nomeadamente através da aprovação de medidas “impopulares” como o aumento de recrutamento militar

A Ucrânia deve preparar-se para uma possível descida da ajuda dos seus aliados, o que a obrigaria a adaptar a sua estratégia militar, declarou o chefe do Estado-maior general ucraniano, Valery Zaloujny, em artigo divulgado na quinta-feira.

O muito popular militar, cujas tensões com o presidente Volodymyr Zelensky suscitam numerosos comentários, inquietou-se, em texto para a CNN, com uma eventual redução daquele apoio.

"Temos de enfrentar uma redução do apoio militar dos nossos principais aliados, que têm as suas próprias tensões políticas", antecipou o general, no posto desde 2021, alguns meses antes da invasão russa.

Os dirigentes europeus chegaram a acordo, na quinta-feira, sobre uma ajuda de 50 mil milhões de dólares à Ucrânia, até então bloqueada pela Hungria, e o Senado dos EUA deve apresentar esta semana o seu projeto de ajuda à Ucrânia.

Zaloujny acrescentou que a Ucrânia não é capaz de aumentar os efetivos militares, se o Parlamento não aprovar medidas "impopulares" para mobilizar mais homens, uma questão controversa no país.

O exército solicitou ao presidente Zelensky mais meio milhão de efetivos para substituir os soldados esgotados, que enfrentam cerca e 600 mil russos deslocados na Ucrânia.

Mas, em janeiro, o parlamento recusou debater um projeto de lei que visava mobilizar mais soldados.

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