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Guerra na Ucrânia

Reencontro de irmãos ou colonização? Russos fogem para a Geórgia, mas nem todos repudiam Putin

Grafito antirrusso nas ruas de Tbilissi, capital da Geórgia
Grafito antirrusso nas ruas de Tbilissi, capital da Geórgia
Mauro Mondello

A guerra na Ucrânia e o endurecer da repressão na Rússia levam muitos cidadãos do país de Putin a rumar à capital da Geórgia, Tbilissi, a que alguns chamam pequena Moscovo. Ali, são bem recebidos, mas não deixam de suscitar desconfiança. Afinal, aquela República do Cáucaso sofreu duas secessões patrocinadas pelo Kremlin e não esqueceu os tempos da União Soviética

Mauro Mondello, em Tbilissi

“Que têm em comum a guerra em Gaza e a guerra na Ucrânia?”, pergunta ao público um comediante russo. “Em ambos os casos, há muitas pessoas que mal podem esperar para chegar a Telavive.” Todos os presentes no salão do Bukhari Stand Up Club, edifício com fachada de madeira que dá para a clássica cave que caracteriza muitos dos bares de Tbilissi, desatam a rir.

Durante mais de uma hora, o coletivo Comigration, grupo de jovens russos autoexilados na Geórgia, conta piadas sobre Putin, a Rússia e o orgulho exagerado dos georgianos, retrata a recusa obstinada do povo da antiga Tiflis em falar russo, ironiza sobre os grafitos “Ruzzki go home” e “Fuck Russia”, bem como com as bandeiras da Geórgia, Ucrânia, UE e NATO que invadem as fachadas da capital georgiana.

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