O primeiro-ministro da Bélgica, país que assume este semestre a presidência rotativa do Conselho da UE, defendeu esta terça-feira que a União Europeia (UE) deve aproveitar um eventual regresso de Donald Trump à Casa Branca para se reforçar. Numa intervenção, na sessão plenária do Parlamento Europeu em que apresentou as prioridades belgas para a UE, Alexander De Croo referiu que "se 2024 nos trouxer novamente a 'America First' (América Primeiro, lema de Donald Trump), a Europa ficará mais sozinha do que nunca".
No entanto, sublinhou, a UE não deve temer a hipótese do retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos, mas sim "aproveitá-la" para tornar a sua posição "mais sólida, mais forte, mais soberana e mais resistente".
A ministra belga dos Negócios Estrangeiros, Hadja Lahib, pediu à UE que aumente a ajuda militar à Ucrânia, sublinhando não bastar mantê-los, referindo que "os objetivos políticos e militares russos não se alteraram" e a Ucrânia precisa de meios para responder à invasão russa.
Na segunda-feira, Trump venceu as primárias republicanas ('caucus') no estado do Iowa com 51,1% dos votos, uma vitória esmagadora anunciada apenas meia hora depois do início da votação.
O magnata, de 77 anos, que responde por quatro acusações criminais, deixou os principais rivais, o governador da Florida, Ron DeSantis, e a antiga governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora na ONU Nikki Haley, para trás, arrecadando 51,1% com quase 100% dos votos contados, de acordo com as agências de notícias France-Presse e EFE. Uma diferença de quase 30% em relação ao segundo lugar, ocupado por DeSantis (21,2%) e bastante superior à terceira posição, ocupada por Haley (19,1%).
Trump já anunciou que, se regressar à Casa Branca em novembro, suspenderá o apoio norte-americano à Ucrânia e levanta dúvidas quanto à manutenção do apoio militar e financeiro de Washington à Ucrânia. As posições do republicano sobre a luta contra as alterações climáticas e a situação no Médio Oriente também são razões de preocupação na UE.
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