Os alarmes tocam, mas só os republicanos, nos Estados Unidos, se recusam a ouvir. Com as atenções viradas para a guerra no Médio Oriente, e desviadas da Ucrânia, Moscovo indicia que vários outros territórios poderão estar em risco. Vladimir Putin garante que as suas tropas estratégicas estão no mais alto nível de prontidão, num momento em que um novo acordo de defesa é firmado, entre Helsínquia e Washington, para assegurar o rápido acesso militar e ajuda à Finlândia em caso de conflito.
Nos primeiros meses do ano, a Finlândia, novo membro da NATO, anunciou que está a construir uma vedação, para proteger as zonas mais críticas de um longa fronteira que partilha com a Federação Russa. O plano é completar a barreira até 2026, mas os avisos do líder do Kremlin levam vários analistas a concluir que a ambição imperialista russa ganhou nova vida com o esmorecimento do apoio ocidental a Kiev. Uma nova incursão pode estar próxima, admite ao Expresso Daniel Fried, antigo diretor do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, durante as presidências de Bill Clinton e George W. Bush, e conhecedor do regime de Putin, com quem até já se reuniu “nos tempos áureos” da relação com os EUA. “Putin tem uma forma de sinalizar as suas ameaças, como fez contra a Ucrânia, já em 2008. A teoria de Putin sobre o Império Russo significa que a soberania finlandesa é condicional e reversível.”
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