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Guerra na Ucrânia

“Zelensky fez diminuir o apoio a Kiev com declarações sobre Israel” e pode ser hora de negociar: “Uma causa justa pode também ser ruinosa”

“Zelensky fez diminuir o apoio a Kiev com declarações sobre Israel” e pode ser hora de negociar: “Uma causa justa pode também ser ruinosa”
Alexey Furman / Getty Images

É preciso ver além, argumenta Gerard Toal: a guerra na Ucrânia criou “uma fissura que inibe a ação colectiva contra as alterações climáticas, que é a crise existencial mais importante que a Humanidade enfrenta”. Além dessa crise regional, o mundo também se vê confrontado com uma guerra no Médio Oriente. Por isso, pode ser recomendável ponderar se a causa ucraniana começa a ser “ruinosa”, diz o autor de origem irlandesa, que se especializou em geopolítica, pós-comunismo e disputas territoriais

Em 2005, Gerard Toal testemunhou perante o Congresso dos Estados Unidos sobre os desenvolvimentos políticos da Bósnia-Herzegovina. Tinha realizado trabalho de campo no país recém-formado, investigação que se alargou à Geórgia, Arménia, Moldova e Ucrânia. O autor de “Bósnia Refeita: Limpeza Étnica e Sua Reversão” e de “Perto do mundo exterior: Putin, o Ocidente e a Disputa sobre a Ucrânia e o Cáucaso” reflete, por isso, sobre os processos que podem conduzir à paz no território ucraniano.

Para Toal, é preciso distinguir territórios: os que foram anexados em 2014, pela Rússia, e que desenvolveram um sentimento pró-russo, e aqueles em que a “limpeza étnica” subjugou os ucranianos à força. Nesta entrevista com o Expresso, Gerard Toal, nascido na Irlanda, mas hoje professor de Assuntos Internacionais no Instituto Politécnico e Universidade de Virgínia, analisa em que ponto está a guerra na Ucrânia, descreve Zelensky para lá dos holofotes públicos e garante que, às vezes, “um comportamento justo e uma causa justa podem também ser ruinosos”.

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