Os Estados Unidos impuseram esta quinta-feira sanções a 130 empresas e indivíduos de Turquia, China e Emirados Árabes Unidos para tentar diminuir a capacidade russa na guerra contra a Ucrânia, anunciou o Departamento do Tesouro. As sanções visam empresas e pessoas terceiras que alegadamente ajudam Moscovo a adquirir o equipamento necessário no campo de batalha, incluindo fornecedores e expedidores.
O Departamento de Estado também impôs sanções diplomáticas contra a produção de energia russa e o setor metalúrgico e mineiro do país. Os alvos das sanções anunciadas hoje incluem o turco Berk Turken e as suas empresas, que alegadamente têm ligações aos serviços secretos russos, noticiou a agência norte-americana AP.
Segundo o Departamento do Tesouro, a rede de Turken organizou pagamentos e esquemas de envio destinados a contornar as sanções e a transportar mercadorias da Turquia para a Rússia. Várias empresas dos Emirados Árabes Unidos que alegadamente enviaram equipamento de aviação, máquinas de receção de dados e outras mercadorias foram também objeto de sanções.
A ARX Financial Engineering Ltd., com sede nos Emirados Árabes Unidos, foi sancionada pelo alegado envolvimento na procura de formas de enviar rublos do banco russo VTB Bank, alvo de sanções, e de os converter em dólares norte-americanos. A Turken e um representante da ARX não estiveram hoje disponíveis para comentários, de acordo com a AP.
A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, disse num comunicado que Moscovo depende de indivíduos e entidades de países terceiros para "perpetuar a guerra hedionda contra a Ucrânia". "Não hesitaremos em responsabilizá-los", afirmou, num comunicado.
Yellen disse que as medidas demonstram a determinação norte-americana em continuar "a perturbar todos os elos da cadeia de abastecimento militar russa" e a visar os que tentam apoiar o esforço de guerra da Rússia. Os aliados de Kiev têm imposto sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos desde que as tropas de Moscovo invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Além das sanções, também têm fornecido armamento à Ucrânia, o que permitiu às tropas ucranianas lançarem uma contraofensiva em junho para tentar recuperar território conquistado pelas forças russas. Desconhece-se o número de baixas civis e militares em quase dois anos de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm afirmado que será elevado.
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