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Guerra na Ucrânia

Ucrânia: 3400 escolas destruídas, 900 estações de comboio recuperadas. Os números e os desafios da reconstrução

Estrada Vokzalna em Bucha
Estrada Vokzalna em Bucha
Ana Baiao

A reconstrução da Ucrânia não pode começar só quando a guerra terminar, por muito que possa parecer um mau investimento reconstruir prédios e outras infraestruturas ainda sob a mira dos bombardeamentos. A comunidade internacional está preparada para ajudar, mas o investimento privado e estrangeiro só chegará em massa se houver garantias anticorrupção e mecanismos de transparência

Ucrânia: 3400 escolas destruídas, 900 estações de comboio recuperadas. Os números e os desafios da reconstrução

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A magnitude das necessidades da Ucrânia é como um horizonte que se afasta à medida que caminhamos em direção a ele: todos os dias há mais um prédio, uma escola, um hospital destruídos. Os peritos em reconstrução pós-conflito têm recorrido à comunicação social e às redes sociais para tentar explicar aos putativos financia­dores da reconstrução que esperar pelo fim da guerra não é, ou não deve ser, opção. Não se sabe quando acaba e as pessoas precisam de voltar a viver, regressar à Ucrânia. Há quase seis milhões de ucranianos espalhados pela Europa, segundo dados da ONU.

Quando o Expresso visitou Lyman, no leste da Ucrânia, em fevereiro, a cidade fora reconquistada pelo exército ucraniano meses antes. Ouvimos os habitantes queixarem-se de terem sido abandonados nos esforços de reconstrução por estarem perto da linha da frente, sujeitos a novos ataques. Queixavam-se, no fundo, de serem vistos como um mau investimento.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

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