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Guerra na Ucrânia

Anna passou o dia “nervosa” mas não saiu de Moscovo, Putin e Prigozhin “talvez acabem a destruir-se um ao outro”

Anna passou o dia “nervosa” mas não saiu de Moscovo, Putin e Prigozhin “talvez acabem a destruir-se um ao outro”
Arkady Budnitsky/Anadolu Agency/Getty Images
O grupo Wagner encaminhava-se para “tomar” a capital russa até que, de súbito, o líder dos mercenários ordenou o recuo das tropas. O Presidente da Rússia sai “seriamente abalado” dos “mais significativos” eventos no país desde a dissolução da União Soviética, mas há quem fale em encenação. O Expresso conversou com uma moscovita que, apesar de tudo, fez o seu sábado normal, com uma ucraniana que aponta a cada vez maior dificuldade da Rússia em “desviar as atenções das questões internas” e com uma analista britânica. “Os russos estão a tornar-se mais conscientes da realidade porque a propaganda não consegue distorcer os eventos” das últimas horas
Anna passou o dia “nervosa” mas não saiu de Moscovo, Putin e Prigozhin “talvez acabem a destruir-se um ao outro”

Hélder Gomes

Jornalista

A autoproclamada “marcha pela justiça” do grupo paramilitar Wagner rumava a Moscovo, mas Anna não arredou pé da capital russa. “Passei o dia com a minha família. Estávamos um pouco nervosos”, conta ao Expresso esta empregada de escritório de 29 anos que pede para o seu apelido não ser revelado.

“Fiz tudo o que costumo fazer. A única diferença foi que estive mais atenta às notícias do que habitualmente”, diz. Apesar da ameaça de Yevgeny Prigozhin, o chefe dos mercenários, Anna nunca acreditou que o grupo Wagner tomasse Moscovo. E, de repente, a cerca de 200 quilómetros da capital, Prigozhin viria a ordenar uma marcha-atrás da sua coluna militar para, como afirmou, evitar “um banho de sangue” – isto na sequência de alegadas negociações com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

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