
A água ainda cobre muitas localidades, como pôde ver Zelensky em recente visita
A água ainda cobre muitas localidades, como pôde ver Zelensky em recente visita
Em Kherson
A tão debatida contraofensiva ucraniana, como disse Volodymyr Zelensky, não é um filme. O número de baixas do seu lado aumentou. O que poucos esperavam é que na iminência de acontecer, em Kherson por água e em Zaporíjia por terra, a Rússia destruísse a barragem de Nova Kakhovka, em território ocupado na margem esquerda do rio Dniepre. O objetivo é ganhar tempo. Os ucranianos fizeram o mesmo a norte de Kiev no ano passado, mas são incomparáveis a escala da catástrofe ambiental e humana em Kherson e o risco nuclear em caso de colapso da central nuclear de Energodar por falta de arrefecimento dos reatores.
O que se vê na região desde o rebentamento da barragem é um dilúvio de proporções bíblicas, sem arca de Noé que segure a vida humana, animal ou vegetal. Os serviços de emergência ucranianos, voluntários e civis de todo o país, num esforço colossal, juntaram-se e trabalharam sem cessar. Só os bombardeamentos da margem esquerda pelo exército invasor forçavam pausas, fazendo feridos. Os ucranianos continuam ainda a atacar as cidades na direção de Olekshky e Pidlisne com lança-foguetes, contaram ao Expresso cidadãos que admiravam uma coluna de fumo visível do parque Slavy na manhã de 7 de junho.
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