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Guerra na Ucrânia

Quando a contraofensiva ucraniana chegar, toda a gente vai notar

Tropas ucranianas praticam o uso de drones na região de Lviv
Tropas ucranianas praticam o uso de drones na região de Lviv
PAULA BRONSTEIN/GETTY IMAGES

Esforço ucraniano para recuperar terreno começou há muito tempo, com manobras de “ensaio e erro”. Agora está na “fase da sondagem”. A grande investida está para vir. Para já, os russos falam, os ucranianos apelam ao silêncio

Quando a contraofensiva ucraniana chegar, toda a gente vai notar

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A semana começou com um vídeo viral, mais um, do departamento de comunicação do Ministério de Defesa da Ucrânia. Sem acompanhamento musical, a câmara filma membros das Forças Armadas, todos de balaclava e óculos escuros, com o dedo indicador à frente dos lábios, a pedirem silêncio. Apenas se ouve “chiu” e o som abafado de bombas a cair ao longe. No fim do filme aparece uma frase: “O planeamento adora o silêncio, não haverá notícias da contraofensiva.” E não tem havido, pelo menos do lado da Ucrânia, um vazio que a cacofonia russa tem tratado de preencher.

Segunda-feira, o Ministério de Defesa russo avançou que a contraofensiva não só já começara como até já falhara. O titular da pasta, Sergei Shoigu, anunciou grandes baixas para as tropas de Kiev, pelo menos 250 soldados mortos e mais de 3500 feridos nas primeiras horas de batalha. “As tentativas de ofensiva foram esmagadas, o inimigo não atingiu os seus objetivos, mas sofreu perdas significativas e incomparáveis [às da Rússia]”, disse, citado pela agência Reuters, antes de acrescentar os mortos, feridos e a destruição de 52 tanques e 207 outros veículos de combate. Inconfirmável, mas pouco provável.

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