Guerra na Ucrânia

Congelamento nas atuais posições e zona desmilitarizada: Indonésia propõe plano de paz para a Ucrânia

ministro da Defesa da Indonésia, Prabowo Subianto
ministro da Defesa da Indonésia, Prabowo Subianto
CAROLINE CHIA

Numa reunião em Singapura, ministro da Defesa indonésio propôs este sábado um cessar-fogo imediato “nas atuais posições" e a criação de uma zona desmilitarizada controlada pela ONU

O ministro da Defesa da Indonésia, Prabowo Subianto, propôs este sábado um plano de paz para a guerra na Ucrânia. Numa conferência em Singapura, e sob críticas dos participantes na reunião, Subianto propôs um cessar-fogo imediato “nas atuais posições” e a criação de uma zona desmilitarizada vigiada por tropas da ONU. Além da zona desmilitarizada criada pelo recuo de 15 quilómetros de ambos os lados, o ministro indonésio sugeriu ainda a realização de um referendo, organizado pelas Nações Unidas nos territórios em disputa.

O ministro apelou ainda aos participantes na Conferência de Diálogo Shangri-La sobre Defesa e Segurança na Ásia-Pacífico, para que, no final da reunião, emitissem uma declaração comum. E salientou que que as economias e o abastecimento alimentar dos países asiáticos foram gravemente afetados por este conflito.

“Proponho que a conferência encontre um modo de [emitir uma] declaração voluntária, instando tanto a Ucrânia quanto a Rússia a iniciar imediatamente negociações para a paz", disse Subianto, citado pela Reuters.

A proposta do ministro da Defesa foi criticada por vários participantes na reunião por colocar agressor e agredido no mesmo patamar. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, argumentou que a paz na Ucrânia deve ser alcançada em termos aceitáveis ​​sem correr o risco de congelar o conflito.


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