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Guerra na Ucrânia

Um 9 de maio diferente: da parada militar que “torna visível” a escassez de armamento ao discurso “sem triunfalismos” de Vladimir Putin

O tanque soviético T-34 apresenta-se na parada militar do 9 de maio de 2023, o dia em que a Rússia celebra a vitória contra os nazis na segunda guerra mundial
O tanque soviético T-34 apresenta-se na parada militar do 9 de maio de 2023, o dia em que a Rússia celebra a vitória contra os nazis na segunda guerra mundial
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Não foi um discurso de vitória nem poderia ter sido. Desde que o President russo anunciou, há um ano, a conquista iminente de Mariupol, as suas tropas recuaram em Kharkiv, abandonaram Kherson e nem Bakhmut conseguiram (ainda?) conquistar. Este ano o foco esteve nos combatentes, no “sacrifício” dos soldados, atuais e futuros, e na necessidade de continuar a lutar contra um Ocidente que “lançou uma guerra contra a Rússia”. Na Praça Vermelha, o que mais se viu foi espaço, onde anos antes rolavam o centenas de tanques e sofisticado material de guerra

A 9 de maio do ano passado, Vladimir Putin tinha a iminente conquista de Mariupol para apresentar aos que ainda pudessem estar céticos quanto ao êxito da “operação especial” para “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia. A cidade, de 500 mil habitantes antes da guerra, assente nas margens do mar de Azov, com turistas todo o ano e uma economia em crescimento, estava a dias de cair para o lado russo, e o Presidente sabia que era questão de dias. A 20 de maio, os últimos resistentes na metalúrgica de Azovstal acabaram por se render.

Este ano, o que se passa no terreno não adere à retórica de invencibilidade que os governantes russos há anos injetam nos seus discursos de 9 de maio, dia em que o país celebra a vitória sobre a Alemanha nazi em 1945. O exército russo nem sequer conseguiu conquistar Bakhmut, cidade de média dimensão no Donbas, onde perdeu milhares de homens, tal como a Ucrânia.

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