
Na linha da frente da guerra desde 2014, esta cidade da província de Donetsk vê fugir quem pode. Prestar ajuda humanitária é cada vez mais difícil
Na linha da frente da guerra desde 2014, esta cidade da província de Donetsk vê fugir quem pode. Prestar ajuda humanitária é cada vez mais difícil
Na Ucrânia
Avdiivka está há nove anos na linha da frente do conflito iniciado em 2014 pelos separatistas apoiados por Moscovo. Nesta cidade-fantasma ucraniana restam duas mil pessoas. Bem defendida pelo exército ucraniano dentro do perímetro urbano, é vulnerável a ataques aéreos diários, dado que o aeroporto de Donetsk fica a escassos seis quilómetros. Além disso, chegam a cair mais de duas dezenas de projéteis por dia. Mais do que todas as cidades, Avdiivka é um bastião da resistência.
“Avdiivka é Ucrânia”, lê-se num sinal pintado a azul e amarelo à entrada da cidade. Do lado esquerdo fica uma zona industrial que dá forma à linha do horizonte: chaminés, pilhas de detritos (terrikons). Estamos no coração da província de Donetsk e perto da sua antiga capital, homónima, ocupada desde 2014. Há apenas uma saída da cidade, simbolicamente a ocidente. De todos os outros lados está cercada pelo exército russo. O invasor tem posições seis quilómetros a norte e leste e a um quilómetro a sul, marcadas por um campo minado intransponível.
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