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Guerra na Ucrânia

Petro Pruteanu, bispo da igreja ortodoxa russa: “Não conheço guerra tão sem causa nem objetivo como esta”

Petro Pruteanu, bispo da igreja ortodoxa russa: “Não conheço guerra tão sem causa nem objetivo como esta”
D.R.

Moldavo a viver em Portugal, Petru Pruteanu é padre da igreja ortodoxa russa e foi recentemente elevado a bispo. Em entrevista ao Expresso, entre outros assuntos, explica a sua visão da posição controversa da igreja que representa e do seu patriarca em relação à invasão da Ucrânia

Filipe d’Avillez

Em novembro de 2022 o pároco da igreja ortodoxa russa em Cascais, Petru Pruteanu, foi ordenado bispo em Moscovo pelo patriarca Cirilo. Passou, pois, a ser responsável por aquela igreja cristã em toda a Península Ibérica, mantendo-se sedeado em Portugal.

Em entrevista ao Expresso, o bispo fala sobre a guerra na Ucrânia e o futuro da igreja ortodoxa russa. Exprime ainda admiração por Bento XVI, que considera ter sido o Papa que mais fez pela aproximação entre católicos e ortodoxos.

Pode explicar, resumidamente, o seu percurso? Nasceu na Moldávia. Como vem a tornar-se bispo da igreja ortodoxa russa em Portugal?
Sou duma família numerosa muito crente e sempre praticante. Até 1991 vivemos sob um regime comunista, mas já em 1987 Gorbatchev deu alguma liberdade, que favoreceu a reabertura de vários mosteiros e igrejas e deu novo impulso à prática religiosa. Foi nesse período que fui educado e já aos 12 anos decidi ser padre. A única igreja na Moldávia era a Metrópole de Chisinau e Toda a Moldávia, que dependia do Patriarcado de Moscovo. Agora existe outra, dependente do Patriarcado de Bucareste, mas tem poucas paróquias, sobretudo no centro e sul do país, mas não no norte, de onde sou originário. Estudei teologia na Roménia, Rússia e Ucrânia, e fui ordenado diácono e sacerdote em 2003. Entre 2004 e 2011 fui professor no seminário e, depois, na Faculdade de Teologia em Chisinau, mas em 2012 decidi abraçar a vida missionária entre as comunidades ortodoxas da diáspora; foi então que tive uma proposta para vir para Portugal, onde havia muito poucos padres.

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