O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, terá comentado à porta fechada com um grupo de jornalistas que os russos começam as guerras de forma débil, mas acabam por corrigir os erros e tornam-se imparáveis, escreve o site 444.hu.
Orbán concluíria que os esforços dos ucranianos são, assim, em vão, porque, a longo prazo, a “Ucrânia não pode vencer nem com a ajuda ocidental”. Os comentários chegaram a Kiev onde o Governo chamou o embaixador húngaro para que respondesse pela opinião do seu chefe de Governo, e porque sustenta ele que Moscovo quer transformar a Ucrânia num monte de destroços ingovernável.
O representante húngaro tinha ainda de responder porque é que o primeiro-ministro húngaro comparava a Ucrânia, com um dos melhores exércitos do mundo, ao Afeganistão e porque chama à Ucrânia “terra de ninguém”.
O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano declarou as asserções de Orbán como “completamente inaceitáveis” e perniciosas para a relação entre os dois países. O 444.hu escreve que Viktor Orbán acrescentou nessa altura que “é impossível a Rússia perder” e que, “o no caso de um golpe de Estado seria ainda pior porque só alguém pior pode suceder a Putin”.
Moscovo pode usar armas nucleares “táticas” na Ucrânia
Num encontro com jornalistas estrangeiros no Castelo de Buda, Viktor Orbán explicou no sábado passado o ponto de vista do seu Governo sobre vários assuntos.
“Estamos em apuros”, terá dito, de acordo com a mesma fonte, referindo que a esperada ofensiva de primavera da Rússia obrigará a NATO a decidir entrar ou não fisicamente em guerra.
Orbán disse que os americanos não pensam nisso, porém cresce o número de países europeus que o pensam, escreve a rtl.hu. Donde não é loucura dizer que dentro em breve haverá soldados da NATO a lutar na Ucrânia, terá sustentado Orbán. Na opinião do PM húngaro, não será de excluir o uso de armas nucleares táticas pela Rússia.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: piquete@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes