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Guerra na Ucrânia

Escreveu um livro a denunciar a guerra, desertou do exército russo, fugiu para França. Mas será Pavel Filatyev um soldado arrependido?

Filatyev fotografado em Paris, em setembro, cerca de um mês depois de ter fugido da Rússia. Espera asilo em França
Filatyev fotografado em Paris, em setembro, cerca de um mês depois de ter fugido da Rússia. Espera asilo em França
JOEL SAGET/Getty Images

Os contratos para a venda do livro do paraquedista desertor russo Pavel Filatyev renderam 300 mil euros. Durante alguns meses, Filatyev foi um fenómeno na imprensa mundial. Ali estava um jovem soldado, corajoso o suficiente para escrever um livro em que expõe tudo o que de pior se possa imaginar sobre o seu próprio exército e sobre as pessoas que o lideram, num país que prende, tortura, mata ou faz desaparecer pessoas por muito menos do que isso. Os lucros do livro, segundo o próprio Filatyev terá pedido à associação que o retirou da Rússia, deveriam ser doados a famílias ucranianas. Chegado a Paris, parece ter mudado de ideias

Tudo começou como começam todas as grandes histórias. Uma pessoa insuspeita de cometer determinado ato vai em frente e realmente comete-o. Faz o impensável. A sua vida modifica-se em segundos. Literalmente em segundos, quando o grande passo é dado na internet.

Um paraquedista russo que foi enviado para a Ucrânia logo no primeiro dia da guerra publica uma confissão dos seus pecados - mas principalmente dos pecados de toda a hierarquia militar do seu país - no VKontakte, uma rede social russa equivalente ao Facebook. Essa publicação já não está lá, mas quase todos os grandes jornais do mundo fizeram perfis do corajoso Pavel, jovem, loiro, olheiras enormes, marcas de acne adolescente, com a sua vida destruída por causa de uma guerra que ele acha tão injustificável quanto os ucranianos.

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