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Guerra na Ucrânia

O Ocidente vai (por fim) enviar tanques de ataque para a Ucrânia: “É um momento de viragem na guerra”

O Ocidente vai (por fim) enviar tanques de ataque para a Ucrânia: “É um momento de viragem na guerra”
Morris MacMatzen

EUA e Alemanha já tinham anunciado na semana passada o envio de 40 Marder, tanques alemães para transportar e proteger soldados. Agora, e depois de meses de pressão ucraniana, a Polónia garantiu que um conjunto de países vai enviar tanques Leopard para ajudar Kiev a recuperar território ocupado. E estes são feitos para atacar: “Têm um grande poder de fogo, um grande poder de choque, um sistema de comunicações importante. São usados para destruir o inimigo”

É a primeira vez que um país ocidental anuncia o envio de viaturas blindadas de ataque para a Ucrânia: "Um esquadrão de tanques de assalto Leopard será entregue no âmbito de uma coligação internacional que está prestes a ser construída", disse esta quarta-feira Andrzej Duda, Presidente da Polónia, durante uma conferência de imprensa com Volodymyr Zelensky em Lviv.

Um esquadrão tem normalmente 14 tanques, e governantes polacos já tinham dito várias vezes que só enviariam as viaturas para Kiev se outros países seguissem o exemplo. Zelensky sublinhou isso: “Um único Estado não nos pode ajudar, porque estamos a combater contra milhares de tanques russos. “Creio que hoje [quarta-feira] vai surgir uma decisão positiva de outro Estado para nos fornecer tanques modernos de estilo ocidental."

Zelensky não nomeou o país, mas poderia estar a referir-se à Alemanha, onde os Leopard são fabricados. Do ponto de vista ucraniano, esta decisão polaca chega com muitos meses de atraso: “De que é que Berlim tem medo e Kiev não?”, perguntava em setembro Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, numa publicação no Twitter sobre a recusa alemã em ceder tanques à Ucrânia.

“[Chegam] sinais desapontantes da Alemanha, numa altura em que a Ucrânia precisa de [tanques] Leopard e Marder agora – para libertar a população e salvá-la do genocídio. [Não foi dado] nenhum argumento racional para explicar o porquê destas armas não serem entregues, apenas medos abstratos e desculpas”, criticava o governante.

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