Kiev está “provavelmente a décadas” de conquistar a integração na União Europeia, disse em março Emmanuel Macron. Desde então, a Ucrânia avançou a um ritmo surpreendente. Enquanto se defende da invasão russa, Kiev não baixa os braços no seu caminho para a adesão à UE, e algumas importantes reformas anticorrupção ocorreram já iniciada a guerra. Em julho, após muitos meses de atraso, a Ucrânia aprovou a seleção de um procurador-geral (Oleksandr Klymenko) para liderar a Procuradoria Especializada Anticorrupção do país, um passo importante que encorajou Bruxelas a conceder a Kiev o estatuto de candidata. Desde que Klymenko assumiu funções, várias investigações foram desbloqueadas e vários altos funcionários foram processados.
Olena Scherban, membro do Conselho do Centro de Ação Anticorrupção na Ucrânia, conta que, graças à nomeação de Oleksandr Klymenko, dois novos órgãos de combate ao crime financeiro “demonstraram resultados incríveis”, com detenções a acontecerem todas as semanas. “Em dezembro, foram detidos os representantes do grupo criminoso de Odessa que controlava, de facto, as decisões da administração municipal. Klymenko reavivou o infame caso Rotterdam+, que envolve o homem mais rico da Ucrânia, Akhmetov. Outro oligarca ucraniano, Igor Kolomoisky, visita agora o Gabinete Nacional Anticorrupção da Ucrânia (GNAU) para interrogatórios regularmente. A influência dos oligarcas na Ucrânia atingiu o seu ponto mais baixo de todos os tempos. Perderam o seu dinheiro e perderam o controlo dos média.”
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