Putin com cancro terminal? Líder dos serviços secretos ucranianos garante que confirmou a teoria junto de fontes próximas do Kremlin
Os rumores em torno do estado de saúde do Presidente russo adensaram-se nos últimos meses
ALEXEY DANICHEV
Os serviços secretos dinamarqueses já tinham desmentido a hipótese, mas o líder das secretas ucranianas diz ter confirmado junto de fontes próximas do Kremlin. Kyrylo Budanov afirma, com o mesmo grau de certeza, que a Ucrânia vai vencer a guerra antes de Putin morrer
O líder dos serviços secretos ucranianos afirmou que Vladimir Putin tem cancro e morrerá muito em breve, mas não antes de a Ucrânia ter vencido a guerra. Em entrevista à ABC News, o major-general Kyrylo Budanov declarou: "Ele [Presidente russo] está doente há muito tempo; tenho a certeza de que ele tem cancro e de que morrerá brevemente. Espero que muito em breve".
Quando questionado sobre se as declarações decorriam de informações concretas, Budanov garantiu que “não acha apenas” que o líder russo está doente, mas que o soube através “de pessoas, de fontes”. De acordo com o alto funcionário da Defesa ucraniana, a informação foi colhida junto de fontes próximas de Putin.
No entanto, Kyrylo Budanov manifestou também certezas quanto ao desfecho do conflito na Ucrânia. “Esta guerra deve terminar antes da morte de Putin... Vamos vencê-la em 2023.” Segundo Budanov, após a morte de Putin haverá uma mudança de poder na Rússia. "Não devemos ter medo da sua transformação, porque beneficiará o mundo inteiro", disse o funcionário de alta patente militar.
As suspeitas em torno do estado de saúde de Vladimir Putin não são novas. Dificuldades na mobilidade do líder russo espoletaram os rumores, em particular depois do encontro com Emmanuel Macron, em fevereiro.
William Burns, diretor da CIA, afastou, em julho, o cenário de doença oncológica, defendendo que “há muitos rumores sobre a saúde do Presidente Putin”, mas que não há evidências significativas que o apontem: "Tanto quanto podemos dizer, ele é demasiado saudável”.
Também os serviços de informação da Dinamarca descartam a possibilidade, e advogam, em vez disso, que Putin sofre de dor crónica, após ter sofrido várias quedas e acidentes na prática desportiva. O problema poderá afetar o tempo de permanência no poder, adiantaram ainda as secretas dinamarquesas. O líder do departamento da Rússia nos serviços secretos dinamarqueses explicou que o Presidente russo estaria a receber um tratamento oncológico (terapia hormonal) em fevereiro, quando a invasão foi iniciada, podendo aquela medicação ter causado “delírios de grandeza”.
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