Quase não conseguimos ver a entrada da cidade de Bakhmut, todos os vidros da frente e laterais do carro estão cobertos por uma mistura de chuva, neve e lama que mal nos permite ver alguma coisa, o que só é possível por um momento, quando o limpa-para-brisas corre a toda a velocidade da esquerda para a direita, permitindo descortinar silhuetas de objetos à distância.
Não há uma única alma nas ruas de Bakhmut. É uma cidade-fantasma cheia de barricadas antitanque, com o som constante de bombas que nos acompanha muito antes de chegarmos aos portões da entrada principal da cidade. Ouvem-se explosões constantes de bombardeamentos de entrada e de saída, numa troca de fogo total. Algumas dessas explosões estão mais próximas, ouve-se o assobio e depois o estrondo da explosão, outras rebentam mais longe.
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