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Guerra na Ucrânia

Guerra longa pode interessar aos EUA: “Nunca disseram que o objetivo era a vitória da Ucrânia, mas a destruição do Exército russo”

Bakhmut
Bakhmut
Anadolu Agency

Frank Ledwidge, professor de Estratégia Militar da Universidade inglesa de Portsmouth, acredita que a omissão dos discursos norte-americanos tem razão de ser: apenas Lloyd Austin, secretário de Estado da Defesa disse que era intenção dos Estados Unidos e dos seus aliados “assegurarem-se de que o Exército russo e os russos ficam de tal forma derrotados e desmoralizados que não conseguirão fazer novamente o que fizeram”. Não é o mesmo que assegurar que os ucranianos vençam, analisa o antigo alto funcionário da reserva militar britânica. Nesta entrevista ao Expresso, o investigador assegura que a guerra será longa e difícil, sujeita ainda ao tipo de armamento que os EUA quiserem prover

“Uma pausa operacional”: é o que marca neste momento o terreno de batalha e equilibra as forças da Ucrânia e da Rússia, numa guerra que se arrasta desde 24 de fevereiro. É a radiografia que Frank Ledwidge, professor de Estratégia Militar da Universidade inglesa de Portsmouth, apresenta, nesta entrevista com o Expresso, lembrando que está nas mãos dos norte-americanos a vitória da Ucrânia no conflito. O investigador britânico trabalhou durante uma década nos Balcãs e antiga União Soviética, nas áreas de proteção internacional dos direitos humanos, reforma da lei criminal e construção de instituições nos níveis mais altos do Governo. Desaparecimento de pessoas, tráfico humano e prevenção de práticas de tortura fazem parte das especializações de Frank Ledwidge. São formas de atuar familiares ao Exército russo e ao grupo Wagner, aos quais o professor da Universidade de Portsmouth aponta o dedo nesta entrevista.

Adquiriu conhecimento de Defesa e vasta experiência operacional nos vários anos em que atuou como alto funcionário da reserva militar. Frank Ledwidge esclarece, por isso, a partir das informações que obtém sobre a invasão total da Ucrânia, por que é que os Estados Unidos da América poderão estar a manter uma guerra de procuração com a Rússia.

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