Além dos meios convencionais habitualmente utilizados numa guerra, o conflito na Ucrânia tem vindo a distinguir-se pela dimensão tecnológica. Desde o uso de drones com enormes capacidades destrutivas às mais recentes versões de armas que ainda não tinham sido testadas, a evolução do material tem marcado a diferença no campo de batalha.
Para o major-general Isidro Pereira, é uma “verdade insofismável” que a Ucrânia “tem funcionado como um verdadeiro laboratório” para “ensaiar novas armas” e “testar a eficácia” de outras já existentes que, “em combate real, nunca tinham sido utilizadas”. O major-general Arnaut Moreira explica que o teste de armas, mas também de “táticas e procedimentos”, é uma característica das “guerras longas” – que também se definem por uma “escalada progressiva da violência e do ponto de vista tecnológico”, como tem acontecido na Ucrânia.
Logo em 2014, aquando da entrada russa no leste ucraniano, o Ministério da Defesa da Ucrânia – em coordenação com a NATO – começou a preparar um sistema de informação em tempo real para analisar detalhes no terreno. O sistema intitulado Delta foi testado em exercícios desde 2017 e já este ano atuou pela primeira vez na guerra na Ucrânia: identifica alvos, não apenas por via de meios militares, mas com a participação da população civil.
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