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Guerra na Ucrânia

“Não considero que Putin seja uma boa pessoa, mas não é do interesse de ninguém a Rússia tornar-se um Estado falhado em guerra civil”

“Não considero que Putin seja uma boa pessoa, mas não é do interesse de ninguém a Rússia tornar-se um Estado falhado em guerra civil”
SPUTNIK/Reuters
Não é uma visão pró-russa nem sequer uma declaração de interesses quanto ao desfecho da guerra na Ucrânia: Maximilian Hess, analista de geopolítica do think tank norte-americano Foreign Policy Research Institute, admite que, num mundo ideal, os ucranianos venceriam e Putin perderia o poder. Mas a chamada “descolonização” russa, com dissolução do seu território integral, seria um forte abalo para a já frágil segurança mundial

Maximilian Hess é Investigador do think tank norte-americano Foreign Policy Research Institute e fundador da empresa Enmetena Advisory, para além de autor da obra “Economic War: Ukraine and the Global Conflict Between Russia and the West” ["Guerra Económica: Ucrânia e o Conflito Mundial entre a Rússia e o Ocidente"]. Está a seguir com particular atenção os avanços (silenciosos) das tropas ucranianas no território, acredita que a batalha por Kherson já terá começado e que podem seguir-se momentos decisivos também em Zaporíjia.

Nem sequer os ataques às infraestruturas terão abalado o “moral” dos ucranianos, que ficaram ainda com mais vontade de combater. O analista de geopolítica antecipa que os avanços da contra-ofensiva de Kiev vão continuar e lança alertas sobre os riscos políticos da aliança comercial entre os Estados Unidos da América e a Arábia Saudita, cada vez mais cúmplice do regime de Putin. Aos analistas ocidentais, deixa um aviso sobre segurança geopolítica: uma eventual desintegração da Rússia acarreta grandes perigos.

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