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Guerra na Ucrânia

Drones iranianos podem ser apenas a ponta do icebergue: como a Rússia pode contornar as sanções e renovar o armamento

Drones iranianos podem ser apenas a ponta do icebergue: como a Rússia pode contornar as sanções e renovar o armamento
Unian

A Rússia pode mesmo ter-se tornado mestre em contornar as sanções ocidentais, de forma a receber armamento útil para a guerra, explicam especialistas internacionais ao Expresso. Afinal, Moscovo ainda terá guardado alguns trunfos: o coronel Mark Cancian, antigo conselheiro do Departamento de Defesa norte-americano, acredita que os invasores ainda não estão a usar o “armamento mais sofisticado”, nomeadamente tanques e aviões de combate. Por outro lado, o analista militar independente Jakub Janovsky considera que o melhor que a Rússia pode conseguir será voltar às fronteiras anteriores a 24 de fevereiro. "Quanto mais tempo demorar a chegar a essa conclusão, mais sofrerá”

Pequenos, quase impercetíveis até encontrarem o alvo pretendido, os drones ‘kamikaze’ - alegadamente iranianos - utilizados contra Kiev provocaram estragos nas infraestruturas ucranianas nos últimos dias. O Irão foi rápido a rebater as acusações de cumplicidade com o regime de Moscovo, alegando não ter fornecido à Rússia o sistema de guerra aéreo, mas as suspeitas concederam aos Estados Unidos espaço para mais especulação: de acordo com o jornal “The Guardian”, o senador democrata Richard Blumenthal alertou para a possibilidade de tecnologia sensível de defesa, produzida pelos EUA, ser cedida à Rússia pela Arábia Saudita, que parece estar a alinhar-se com a posição de Moscovo. Apesar de as sanções ocidentais terem apertado o cerco, a Defesa russa pode estar a ser reabastecida através de várias empresas e Estados que contornam os obstáculos.

Diederik Cops, investigador no Flemish Peace Institute na área de comércio de armas e sua produção, admite ao Expresso que é difícil assegurar o controlo das exportações. Os Estados Unidos estabeleceram, por exemplo, sanções quanto ao envio de semicondutores à Rússia. “É possível colocar os produtos na lista de controlo de exportações, alegando que, se um país está a produzir chips e a enviar à Rússia, haverá uma punição. Mas colocar a proibição em prática, não permitindo que os produtos vão parar à Rússia, é diferente.”

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